Cidades

Praça da Mandioca é alvo de bandidos

Foto: Ednei Rosa

Um dos lugares mais bem frequentados na noite boêmia de Cuiabá, a Praça da Mandioca também se tornou alvo de arrombadores de carros, que aproveitam o momento de festejo de suas vítimas para entrar em ação. Diversas ocorrências foram registradas, desde o aumento do fluxo de pessoas na região. Mesmo com a instalação do novo posto policial nas proximidades, bandidos não se intimidam e agem frequentemente no local.

O empresário Júlio Tavares, que tem um bar nas redondezas da praça, disse que diversos clientes deixaram de frequentar o espaço devido às ocorrências de roubo na região. “O que acontece por aqui é que o fluxo de pessoas aumentou e consequentemente o número de incidentes também, como pequenos furtos, arrombamento de carros, entre outros. Os relatos são frequentes, principalmente quando tem festa por aqui”.

Ele salienta que há viaturas que passam frequentemente pelas ruas, mas que isso não tem se mostrado suficiente. “É interessante perceber que a viatura da polícia passa frequentemente por aqui. De duas a três vezes por noite. Mas acredito que a praça precisa de mais presença policial, não só motorizada, para que estes roubos sejam evitados. Eles precisam caminhar mais por aqui para intimidar os bandidos”.

Ele, que nunca sofreu nenhum tipo de assalto dentro do estabelecimento, ressalta que as ocorrências aumentam quando há grandes eventos na região. E com a chegada do Carnaval, Tavares teme que estes incidentes se multipliquem e questiona o poder público em relação ao plano de revitalização do Centro Histórico, no qual a Praça fica localizada.

“Vamos fazer um grande evento para os nossos clientes durante o Carnaval. No entanto, nós nos preocupamos com a falta de segurança do local. Eu, como cidadão e empreendedor, faço a minha parte criando alternativas para que o cliente venha ao espaço. Mas como fazer um plano de revitalização e readequação do Centro Histórico sendo que as pessoas não se sentem seguras?”, questiona.

As vítimas – As ocorrências vão além do burburinho após as festas locais. E elas estão mais presentes do que imaginamos. O fotógrafo Tchélo Figueiredo foi uma destas vítimas: ele teve todo o seu equipamento profissional roubado de dentro do carro, no final de 2014. 

Segundo Figueiredo, ele tinha acabado de deixar o estúdio fotográfico, no qual é proprietário, para encontrar os amigos em um bar da praça. Mesmo com a forte chuva que caía no momento do crime, os bandidos não deram trégua e partiram para a ação.

“Levaram minhas câmeras, um notebook com HD com mais de 10 mil imagens. Tive mais ou menos 10 mil reais de prejuízo. Complicou o fato de eu perder todo o meu acervo profissional, inclusive dos projetos para exposição que planejava fazer este ano. Parei de frequentar um pouco o lugar, apesar de gostar bastante”.

O fotógrafo ainda disse que levantou algumas suspeitas após a noite do crime, mas que pouco foi descoberto de fato. Tchélo ainda criticou a ação policial, que pouco fez para que os bandidos fossem descobertos: “Suspeitamos de um pessoal dos bairros vizinhos, como Lixeira e Araés, mas não temos nada confirmado. O que revolta é a incompetência da base comunitária local, bem perto da praça. Eles estão instalados a uma quadra do local e não servem para nada. Prova disso é esse tanto de roubo que vem sendo registrado a cada dia”.

Outra vítima dos bandidos de plantão é a contadora Célia de Souza, que teve o carro arrombado duas vezes em menos de dois meses. Ela, que nunca mais voltou ao local, lamenta o prejuízo que levou depois dos arrombamentos: “Eles estão cada vez mais profissionais. Arrombam o carro sem quebrar portas ou janelas. Das vezes que tive meu carro arrombado, só percebi no momento em que dirigia, quando senti que o porta-malas estava aberto. Tive em torno de 500 reais de prejuízo. Uma pena”.

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Noelisa Andreola

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