Cidades

Posto da Marinha no Lago do Manso deve sair em 2016

Mais uma morte e um acidente grave no Paraíso perigoso. Desta vez o Lago do Manso quase vitimou 20 pessoas que estavam em uma chalana que navegava por lá, durante o final de semana. A situação poderia ter sido evitada ou minimizada, caso as promessas para construção da Patromoria (que é uma espécie base da Marinha ligada à Delegacia Fluvial) tivessem sido cumpridas, como fora acordado no começo deste ano, entre o governo do Estado de Mato Grosso e a Marinha do Brasil. 

O posto avançado no Manso deveria ficar pronto até 11 de junho, contudo só dever ser entregue em março de 2016.

O comandante da Delegacia Fluvial de Cuiabá (Del Cuiabá), capitão Alessandro Nonato,  justificou o descumprimento da promessa, que foi noticiada na edição 520 do Jornal Circuito Mato Grosso, por conta de processos públicos de angariar fundos, procedimentos legais, aprovação de contratos e burocracias que emperraram a realização do projeto antes desse prazo, além da crise econômica. Hoje a Marinha conta com uma embarcação fiscalizando o local aos sábados e domingos, das 8h às 19h. Isso para acompanhar 432 km² de extensão, que é a área total do Lago do Manso.

Com a construção da Patromoria o atendimento a uma emergência chegará a ser de apenas 15 minutos. Atualmente, caso ocorra algum incidente no local, o deslocamento da capital até o Manso leva em torno de uma hora e meia, pois além do pessoal da Delegacia de Cuiabá, também é necessário o transporte dos barcos.

Conforme o comandante e capitão da Marinha, para dar conta da demanda no lago foi necessário intensificarem as fiscalizações  por meio de uma operação que seguirá até o mês de outubro. Apesar da mobilização, depois que os oficiais deixam o local, os usuários de embarcações começam a abusar da falta de fiscalização. “Nesse interim em que não estamos lá, as pessoas usam de má fé para praticar imprudências e irresponsabilidades. Por conta disso muitos acidentes acontecem. Para se ter uma ideia, só a nossa presença no lago já inibe várias transgressões”, explicou Nonato.

Nova estrutura

Com a implantação da Patromoria, haverá uma sala de operações, alojamento para os soldados da Marinha e o local também servirá de base para autuações documentais e socorro a vítimas de afogamento e acidentes no Lago. A Patromoria será responsável por toda a fiscalização e tráfego aquaviário no local, que hoje tem uma média de 150 a 200 embarcações fixas transitando, além das rebocadas, que são flutuantes, e não há, segundo Nonato, como estimar a quantidade.

Sobre o acordo com o governo de Mato Grosso o capitão elogiou a realização das obras. “O Governo do Estado está sendo parceiro da Marinha do Brasil para a construção dessa base. Em uma quinta-feira à tarde os militares irão para o lago, ficarão sexta-feira, sábado, domingo e retornarão na segunda-feira pela manhã. Só de ter a presença ali, já inibe abusos”, explicou.

Ainda conforme Nonato, as fiscalizações no local estão sendo bem rigorosas e isso tem reduzido o número de acidentes na área. “Apesar disso ainda temos incidentes como os que aconteceram neste feriado. As pessoas teimam em fazer essa combinação nada aconselhável entre álcool e natação – que já seria desaconselhável para uma piscina. Ficam sem coletes salva-vidas e até dão o controle de jet ski e lanchas para crianças ou adolescentes. Essas embarcações não são brinquedos e geram riscos aos usuários irresponsáveis”, alertou.

Susto no Manso

Mais de 20 passageiros de uma chalana que navegava na tarde de sábado (5) pelo Lago de Manso tiveram que ser resgatadas, às pressas, após a embarcação começar afundar de um lado. De acordo com a Marinha, 20 adultos e duas crianças foram resgatados da chalana Teodoro com ajuda de lanchas e outras embarcações depois que um rompimento provocou entrada de água e fez com que o barco pendesse para um dos lados. Ninguém chegou a se ferir. A Marinha ainda deverá instaurar inquérito para esclarecer o que provocou o rompimento no barco.

Ainda conforme informações da Marina, o condutor da chalana é habilitado e soube manobrar a embarcação rapidamente antes que ela afundasse.  Agora, segundo o comandante Alessandro Nonato, deverá ser instaurado um inquérito para averiguar as causas do rompimento no barco. A embarcação, que acabou ficando próxima a uma das margens, deverá ser puxada com a ajuda de cabos de aço para perícia.

Pai salva filha, mas morre afogado

O empresário Odemir Nascimento, 42, morreu na tarde deste domingo (6) no rio Cuiabazinho, que abastece o Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães. De acordo com familiares, Odemir estava pescando na região com amigos e familiares. 

O grupo, em torno de 15 pessoas, foi de barco procurar um lugar melhor para pescar quando a embarcação virou. Todos os ocupantes do barco caíram na água. Odemir conseguiu resgatar a filha de 8 anos e a entregou para um adulto, que já havia retornado ao barco. Contudo, ele acabou sendo arrastado pela correnteza.

Amigos e outros pescadores da região realizaram buscas no rio e localizaram o corpo há alguns metros de onde o barco virou.

Ulisses Lalio

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