A resposta é uma soma de fatores bem simples de serem compreendidos — todos eles diretamente ligados à estrutura de fabricação. Está curioso para saber como isso funciona exatamente? Então acompanhe o nosso artigo e conheça os principais agentes que podem influenciar na fragilidade do seu celular.
Desprotegendo as telas
Antes de os smartphones dominarem o mercado, as telas dos celulares eram bem menores do que são atualmente e ocupavam parcelas pequenas das estruturas. Além disso, os painéis de LCD ficavam protegidos por partes plásticas e isso tornava bem difícil o contato com eles. Dessa forma, os acidentes que danificavam os displays precisavam ser muito mais violentos.
Hoje, utilizamos aparelhos que são compostos por telas de mais de quatro polegadas, sendo que essa estrutura é a parte principal de controle dos dispositivos — demandando ainda que não haja nada acima dela, pois os comandos são realizados por toques no próprio display. Somando o fato de a tela ser uma das partes mais frágeis com a exposição dela, fica fácil entender os riscos aos quais nos submetemos.
A palavra “carcaça” pode parecer ruim, mas ela descreve perfeitamente a estrutura externa dos smartphones. E essa carcaça é muito importante para manter os aparelhos em funcionamento, uma vez que ela é responsável pela proteção dos componentes eletrônicos internos e também da tela dos aparelhos. O problema é que, ao mesmo tempo em que esse componente é feito para proteger, também precisa ser leve e ultrafino para acompanhar o mercado, e esses dois fatores nem sempre andam juntos.
A importância da imobilização
Uma das grandes tarefas desempenhadas pela estrutura principal dos aparelhos é manter todas as peças imóveis. Qualquer movimentação nos componentes pode causar danos bem complicados e até mesmo o desprendimento deles — o que ninguém quer que aconteça. É preciso ter isso bem claro: a flexibilidade nos aparelhos pode causar rompimentos nas telas — a menos que eles sejam feitos para isso, como o G Flex.
Para manter os componentes imóveis, há uma série de medidas que podem ser tomadas pelos fabricantes. A Samsung, por exemplo, usa estruturas plásticas para fazer seus aparelhos da linha Galaxy, mas esses plásticos são rígidos e ainda contam com uma estrutura interna que funciona como um protetor extra para as partes mais delicadas.
O iPhone 5C da Apple também utiliza partes plásticas em sua estrutura, mas reforça tudo com peças de aço nas camadas interiores — ficando com uma proteção bem similar à do iPhone 5S. Há empresas também que utilizam colas especiais para bloquear espaços vazios e fazer com que as peças internas dos smartphones fiquem imóveis.
Espessura: é tudo questão de física
Como já dissemos neste artigo, os equipamentos estão cada vez mais finos e isso faz com que as estruturas fiquem menos resistentes do que seriam se fossem mais espessas — basta pensar em uma casa cujas paredes são feitas com várias camadas de tijolos, pois elas claramente serão mais resistentes do que uma casa feita com apenas uma camada.
Levando isso para os portáteis, precisamos pensar que, quanto menos materiais revestindo as peças, mais fácil é para causar danos ao que há por dentro. Isso vale também para as telas, pois elas vêm ficando cada ano mais finas e leves — o que significa menos material compondo a própria tela e também protegendo-a de influências externas.
Ao mesmo tempo, o mercado exige que elas ofereçam resistência suficiente para garantir que a simples utilização dos aparelhos não vai causar danos. Como mostra o site Wired, há estudos que mostram que uma tela Gorilla Glass atual poderia ser praticamente indestrutível se possuísse a mesma espessura de uma da primeira geração, mas essa resistência diminui junto com a espessura. Será que algum dia teremos algo totalmente invulnerável sendo carregado em nossos bolsos?
É bem evidente que a tecnologia de portáteis evoluiu a passos largos nos últimos dez anos. Para perceber isso, você só precisa comparar um aparelho lançado antes do início da era dos smartphones e um atual. Mas será que algum dia eles serão indestrutíveis? Será que isso é interessante para as fabricantes? Para os consumidores certamente seria!