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Por que o McDonald’s não é mais o mesmo nos EUA?

Apesar de ser uma das marcas mais icônicas dos Estados Unidos, a gigante de fast food passa por um período conturbado: as vendas caem há seis trimestres e, no fim de janeiro, o então CEO da companhia, Don Thompson, anunciou que deixaria o cargo.

Ele foi substituído pelo britânico Steve Easterbrook que, na segunda-feira, afirmou querer simplificar a estrutura da empresa e elevar o "engajamento digital".

"Os números não mentem", disse ele. "Eu não vou me abster da necessidade urgente de reformular esse negócio…e como devemos nos estimular por ameaças competitivas".

A declaração de Easterbrook veio depois de a rede de restaurantes ter registrado resultados novamente aquém dos previstos no primeiro trimestre deste ano.

A estratégia a partir de agora, segundo o executivo, será concentrar esforços nas regiões mais lucrativas – principalmente os Estados Unidos, seu maior e mais importante mercado. O país ainda responde por 40% das receitas globais da companhia.

Mas os americanos podem ajudar na recuperação do McDonald's? Ou será que eles buscam opções mais saudáveis?
"De jeito nenhum", responde Jacques Quincy, que vai ao McDonald's toda sexta-feira e todo sábado.

Mudanças no cardápio
Apesar de o McDonald's oferecer diferentes especialidades para agradar mercados locais (molho picante, por exemplo, no Sudeste Asiático), o charme da gigante de fast-food reside em parte na sua homogeneidade.

O Big Mac, o Quarteirão ou os McNuggets têm o mesmo gosto em Portland, Pittsburgh ou na Polônia.

E enquanto muitos pais parecem apreciar as maçãs ou os iogurtes que vem junto com o McLanche Feliz, ou suco de frutas ou leite em vez de refrigerante, a maioria dos consumidores diz que não quer ir ao McDonald's para comer saladas ou burritos sofisticados.

Por essa razão, a rede eliminou recentemente vários sanduíches e outras opções do cardápio. O objetivo é simplificar a oferta e se livrar de pratos impopulares.

"Sei que não é saudável, mas eu gosto do McNuggets, por isso venho aqui", diz China Grande, que, acompanhada de uma amiga, comia os pequenos pedaços de frango frito acompanhado de água mineral.

Publicidade negativa
Para alguns consumidores, no entanto, a publicidade negativa que o McDonald's tem recebido nos últimos anos mudou para sempre sua opinião sobre a gigante de fast-food.

"Não muito tempo atrás vi um documentário chamado Super Size Me e fiquei com nojo de comer fast-food ", explica Michelle Angelis.
"Nunca mais quis voltar ao McDonald. Há três anos não entro em uma loja da rede".

"Mas tem saudade?", pergunta a reportagem.

"Adoro os cheeseburguers de lá. Mas sei que fazem mal e, por isso, prefiro ir ao Chipotle".

Fonte: BBC BRASIL

Redação

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