Cidades

População teme retorno de “máfia dos radares” na Capital

 
“Não vai melhorar em nada esses radares, porque você segura até onde vai chegar no radar e depois acelera. Para ser sincero, é mais uma indústria das multas. Se o dinheiro fosse revertido em benefício de conservação das ruas, principalmente onde estão colocando os radares, aí sim. Se você for para o lado do CPA, você não anda. A pista começa com três vias e por fim termina com duas”, desabafa Edson Feliciano, taxista há 14 anos em Cuiabá. 
 
“Posso dizer que os radares são a máfia da cobrança, porque o que vai reduzir os acidentes são os quebra-molas, com indicações e espaços para que a pessoa possa diminuir e passar”, aponta o mototaxista Francisco de Assis Coutinho.
 
Já eram esperadas críticas por boa parte da população, que enfrentou um período de multas quando o deputado Sérgio Ricardo resolveu abolir sua existência, no ano de 2002, por ação popular, contra irregularidades no sistema de aplicabilidade dos radares.
 
Em 2002, o município de Cuiabá e a empresa Engebras – Indústria, Comércio e Tecnologia de Informática, detentora dos radares eletrônicos (conhecidos popularmente como pardais), foram denunciados nacionalmente por envolvimento com a chamada máfia das multas, quando foram arrecadados pela Prefeitura Municipal de Cuiabá cerca de R$ 50 milhões. 
 
Segundo o secretário da Secretaria de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá (SMTU), Antenor Figueiredo, a falta de sinalização foi um dos motivos da eliminação dos radares das ruas e da suspensão das multas, há mais de 10 anos. Entre outros fatores, faltava o reajuste da aferição dos aparelhos adequadamente.
 
Condutores cobram melhoria no asfalto
 
Na busca para solucionar o problema de imprudência no trânsito, continua outra questão importante e que traz transtorno para os condutores: os buracos e remendos perigosos no asfalto. Numa das principais avenidas, como a Rubens de Mendonça é notável esta deficiência. Não precisa ser motorista para perceber as condições precárias do asfalto e vias de algumas principais avenidas de Cuiabá, grande parte decorrente das obras da Copa. 
 
Foto: Reprodução
 
A começar pela Avenida Rubens de Mendonça, em diversos trechos, do viaduto se estendendo até a entrada do bairro CPA. Também na Avenida Fernando Corrêa, onde também em vários trechos há remendos, que deixam ondulações, bem como buracos.
 
É esperado pela população que esta situação seja resolvida. “Praticamente em toda a área central as avenidas estão comprometidas. A do CPA e a Prainha, por exemplo, já não têm espaço direito, ainda estão interditadas com as obras da Copa, e todas esburacadas. É resto de asfalto que ficou. Buraco que tentaram recapear, mas só colocaram uma massa e ficaram com ondulações. Tem um projeto pelo qual estão recapeando as ruas, mas onde vejo isso acontecer é mais nos bairros nobres: Três Américas, Jardim Cuiabá e Santa Rosa”, ressaltou o mototaxista Francisco de Assis Coutinho.
 
Conforme salientou Michel Diniz, o valor das infrações deve ser repassado ao Fundo Municipal de Trânsito e investido em trânsito, educação e transporte.
 

Redação

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