Cidades

População passa por dificuldades pra comprar gás de cozinha

Os moradores de Cuiabá, Várzea Grande e demais municípios de Mato Grosso têm encontrado dificuldades para conseguir comprar gás de cozinha, o GLP residencial.  Nos pontos de revenda da Capital há filas para conseguir comprar um botijão de 13 quilos, de uso doméstico. A situação ainda é reflexo da paralisação nacional dos caminhoneiros.

O Circuito Mato Grosso entrou em contato com cinco revendedoras de gás, todas elas registram a falta do produto para a venda. Além disso, formos informados que havia uma previsão de chegada apenas no período da tarde. Essa escassez tem feito as pessoas procurarem os pontos de venda já nas primeiras horas do dia para aguardar a chegada do caminhão de entrega.

De acordo com o presidente do Sindicado das Empresas Revendedoras de Gás de Mato Grosso (Sinergás), Alan Tavares, as filas foram geradas por causa da  paralisação dos caminhoneiros. E toda situação de desabastecimento vai ser normalizada somente daqui a um mês. 

“Aqui em Cuiabá vai demorar 10 dias para que tudo se normalize, nas demais cidades deve demorar uns 30 dias, porque leva mais tempo para o gás sair da capital e chegar até lá”, afirmou  Tavares.

Outra problema enfrentado pelos consumidores é  a prática abusiva dos preços. Atualmente, o valor do botijão de gás de 13 kg é de R$ 99, mas alguns comerciantes têm cobrado R$ 110 ou mais. “Os comerciantes aproveitam para cobrar mais pelo produto, em outras cidades temos registros de locais onde o gás está custando R$ 120 o botijão”, relatou Alan.

Ainda de acordo com informações do Sinergás, o abastecimento está sendo limitado porque toda carga que chega às revendas é rapidamente vendida. “Hoje pela manhã chegou um carregamento de 600 botijões, como já tinha pessoas na fila, logo se esgota, só vamos receber cargas na quinta-feira (7)”, relatou.

O GLP mais caro do Centro-Oeste

Um levantamento de preços realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Anp) mostra que Mato Grosso é o Estado onde os consumidores pagam mais caro pelo GLP residencial (gás de cozinha).

Em outras cidades da região Centro-Oeste, como é o caso de Campo Grande (MS) e Goiânia (GO), o valor do botijão de 13 kg é de apenas R$ 73.  A capital do país, Brasília (DF), é o local com o menor valor, apenas R$ 68.

“Esses Estados possuem dutos para levar o gás até as cidades, aqui em Mato Grosso só é possível chegar GLP por meio do transporte de rodovias, o que acaba elevando os custos e encarecendo o produto”, afirmou Alan.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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