A Justiça Estadual condenou o policial militar Edvan de Souza Santos a 25 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por envolvimento na execução da ex-presidente do Serviço de Saneamento Ambiental (Sanear) de Rondonópolis (220 km de Cuiabá), Terezinha Silva de Souza. A vítima foi assassinada a tiros em plena luz do dia, no momento em que se deslocava para o trabalho. Além da pena, o réu também foi sentenciado à perda da patente.
Terezinha foi morta no dia 15 de janeiro de 2021, na Rua Major Otávio Pitaluga, no centro de Rondonópolis. A vítima parou em um semáforo com sua caminhonete, conduzida por um motorista quando duas pessoas em uma motocicleta CV 300 vermelha se aproximaram. Em seguida, o passageiro desceu com uma arma em punho, se aproximou da caminhonete e atirou diversas vezes. Conforme o inquérito, Edvan era o piloto que conduziu a moto.
A presidente da Sanear foi atingida por quatro disparos, principalmente na cabeça. Ela chegou a ser socorrida por seu motorista e levada para a Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu aos ferimentos. O motorista teve apenas ferimentos leves.
O caso foi investigado pelo delegado Thiago Garcia Damasceno, que, por meio de perícias, depoimentos e imagens, chegou à identificação do condutor da motocicleta, que era um policial militar. O policial também era investigado por outros cinco homicídios em Rondonópolis, o que o fez ser alvo da Operação Letífero, em janeiro de 2022.
No cumprimento dos mandados de busca da operação na residência do policial, os investigadores apreenderam diversos objetos, entre eles um conjunto de capa de chuva de cor preta, um capacete preto e um uniforme do clube de tiro de Rondonópolis, todos elementos idênticos aos usados pela pessoa que estava na motocicleta no dia do homicídio de Terezinha e nas imagens captadas pelas câmeras OCR.