O soldado Marcos Vinicius Pereira Ricardi, de 26 anos, suspeito de envolvimento no assassinato da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, em outubro de 2019, foi demitido do cargo pelo comandante geral da Polícia Militar. A demissão foi publicada no Diário Oficial do estado nessa quinta-feira (7).
O policial militar e o marido da enfermeira, Ronaldo da Rosa, de 32 anos, foram indiciados pela Polícia Civil por feminicídio e ocultação de cadáver, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, ainda em outubro de 2019. Eles respondem a processo na Justiça pelos crimes.
Marcos Vinicius tem até cinco dias para entregar suas credenciais, fardas e armas de fogo que, eventualmente, ainda tenha em posse.
De acordo com a portaria, o militar foi demitido "por ter cometido os fatos descrito na peça acusatória, bem como, infringido valores éticos, morais, deveres e obrigações previstos no regulamento disciplinar da Polícia Militar de Mato Grosso", diz trecho.
O crime
Zuilda ficou desaparecida por mais de 10 dias. O corpo dela foi encontrado em um córrego em Sinop, depois da prisão do soldado, que confessou o crime e indicou o local onde o corpo tinha sido deixado.
Na época, ele estava afastado da função de policial e prestava serviços no estabelecimento da família.
O desaparecimento da enfermeira foi registrado no dia 28 de setembro pelo marido da vítima.
Durante as investigações, foram realizadas diversas diligências como perícias técnicas no carro da vítima, análises imagens, mensuração do tempo em que levaria cada ato narrado pelos suspeitos.
O policial informou que o corpo teria sido escondido em uma tubulação de bueiro localizada nas proximidades de um centro de eventos. Entretanto, foi encontrado a cerca de 1,5 quilômetros do local apontado pelo suspeito.
O corpo estava em avançado estado de decomposição, sem um dos braços e sem a cabeça. No entanto, a família reconheceu as roupas da vítima.
O delegado representou pela prisão preventiva de Marcos Vinícius e de Ronaldo e pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.