A recusa do governador Pedro Taques (PSDB) em realizar a revisão geral anual (RGA), dispositivo constitucional que garante o aumento dos salários dos servidores públicos anualmente, vem gerando polêmica entre a classe trabalhadora. Dessa vez, os policiais e bombeiros militares do Estado convocam uma Assembleia Geral na próxima segunda-feira (23) as 20h:00 no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, para discutir o tema.
Segundo nota conjunta da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (ASSOF-MT), a Associação dos Sargentos, Subtenentes, Oficiais Administrativos e Especialistas (ASSOADE), a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militar de Mato Grosso (ACSMT) e a Associação dos Servidores Militares Inativos e Pensionistas do Estado de Mato Grosso (ASMIP), o governo Pedro Taques vem cometendo uma "ilegalidade".
"Descontentes com a negativa do Governador Pedro Taques de não pagar a reposição inflacionária dos servidores públicos do executivo mato-grossense, [convocamos] todos os policiais militares e bombeiros militarres do Estado de Mato Grosso para assembleia geral unificada, a fim de deliberar e definir procedimentos a serem adotados pela categoria, ante a ilegalidade praticada pelo Governo do Estado", diz o texto.
RGA
De acordo com o Secretário de Estado de Gestão (SEGES-MT), Júlio César Modesto, existem 98 mil servidores públicos estaduais entre ativos e inativos. O Fórum Sindical afirma que em torno de 70% deles devem parar se o governador não recuar na proposta. Pedro Taques culpa a falta de cumprimento da constituição pelo não enquadramento de Mato Grosso na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).