Mais um suspeito de ter participado da morte da universitária Larissa Gonçalves de Souza, 21, assassinada na cidade de Extrema (a 484 km de Belo Horizonte) foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais, na noite desta quarta-feira (4).
Wellington Luiz Freire, 31, é primo do comerciante José Roberto dos Santos Freire, 35, que confessou o crime, segundo a polícia. Ele e o parente, além do modelo Luccas Gamero, namorado de Larissa, estão presos no presídio de Pouso Alegre, cidade do sul do Estado e que fica a quase 100 quilômetros de distância de Extrema. Gamero nega participação no crime.
Larissa teria sido morta após ter descoberto um suposto relacionamento amoroso entre Gamero e José Roberto Freire, que era patrão do casal, segundo a investigação.
Segundo a polícia, o delegado Waldemar Lídio Gomes Pinto pediu a prisão de Wellington Freire após ter surgido, durante as investigações, o registro de de um contato telefônico dele, no dia do sumiço de Larissa [23 de outubro], com o primo.
Em seguida, ainda segundo a polícia, Wellington, no dia do desaparecimento, foi de carro de sua cidade, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, e foi até Extrema. A distância entre as duas cidades é de aproximadamente 25 quilômetros.
O foco das investigações agora é a busca por um casal suspeito de ter matado a universitária. A polícia diz que a contratação dos executores foi feita pelo comerciante José Freire ao custo de R$ 1.000 pelo serviço. Por seu turno, Freire acusa Gamero de ter sido o idealizador do crime, de acordo com o delegado.
O corpo de Larissa foi localizado na última terça-feira (3), em um matagal no bairro Ponte Alta, na cidade mineira, já em avançado estado de decomposição.
Larissa teria sido morta após ter descoberto um suposto relacionamento amoroso entre o namorado e o comercianteo por meio de mensagens por celular trocadas entre os dois.
O comerciante José Roberto Freire teria dito aos investigadores que a negativa de Gamero em assumir a relação entre eles e romper o namoro com Larissa foi o estopim para a decisão de matá-la.
No depoimento aos policiais, José Freire contou aos policiais que a moça foi executada na residência dele pelo casal contratado. Larissa foi abordada e dominada por ele e pelos suspeitos na rodoviária de Extrema, no dia 23 do mês passado, quando ela esperava ônibus para Bragança Paulista, onde cursava biomedicina.
Após a morte, o corpo dela foi colocado no porta-malas do comerciante e desovado no bairro Ponte Alta.
A médica legista Tatiana Koeller de Matos salientou que o corpo foi encontrado com os punhos atados aos pés por fios elétricos. Apresentava muitas marcas roxas, sendo que a mandíbula estava fraturada em dois pontos. Os ossos do pescoço também apresentavam fraturas, e o rosto da vítima estava coberto com fita adesiva. A causa exata da morte dela ainda depende de resultado da necropsia.
A loja do comerciante foi incendiada por moradores da cidade na noite de terça-feira (3), quando começaram a surgir rumores, em redes sociais, da participação dele no crime. Produtos e móveis foram atirados para fora do estabelecimento e incendiados.
O UOL não conseguiu identificar, até o momento, advogados que se apresentassem como defensores dos acusados.
Fonte: UOL