Os aparelhos apreendidos estão no 3º Distrito Policial, Santa Ifigênia, onde serão devolvidos às vítimas. Até esta quarta-feira (7), dez donos foram à delegacia reconhecer e recuperar os objetos levados na festa.Entre os detidos estão cinco homens, sendo um africano da Guiné, e uma mulher. De acordo com os policiais, eles pertencem a dois grupos distintos, que agiam durante o evento. A maioria já tinha passagens pela polícia por crimes de furto e receptação.
Os grupos estavam hospedados em três quartos de um hotel na Rua Guaianazes, na região central, onde foram presos em flagrante por policiais do 3º DP.
A polícia também investiga se os seis detidos também já teriam participado de roubos e furtos de celulares em abril, no festival Lollapalooza, no autódromo de Interlagos, Zona Sul, e em 2013, na Virada Cultural.
"Há forte indícios de que os 107 celulares apreendidos são produtos de roubo e furto durante a parada gay de domingo", disse o delegado Fabiano Vieira da Silva.
"São pessoas especializadas", completou. Os detidos não foram encontrados pelo G1 para comentar o assunto. De acordo com os policiais, os presos se reservaram ao direito de só se manifestar em juízo.
De acordo com os policiais, como o crime de interceptação prevê penas de reclusão de até quatro anos, foram arbitradas fianças entre R$ 5 mil e R$ 25 mil para que os detidos respondam ao crime em liberdade. No entanto, até a publicação dessa matéria, eles não haviam pago esse valor e continuavam presos.
A polícia pede para que vítimas que perderam os celulares por furto ou roubo durante a Parada Gay compareçam ao 3º Distrito Policial para tentar identificar os aparelhos e recuperá-los.
A cidade de São Paulo registrou, em média, o roubo e o furto de cerca de 460 celulares por dia nos três primeiros meses deste ano, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) aos quais o G1 teve acesso.
G1