Quatro pessoas foram presas pela Polícia Federal, em Mato Grosso, durante 9ª fase da Operação Lesa Pátria, que apura a participações durante os atos golpistas de 8 e janeiro, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes depredando o patrimônio público. Eles acusavam fraude nas eleições de 2022, quando Luta (PT) foi eleito e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) derrotado.
Segundo o portal Metrópoles, foram presos em Cuiabá: José Carlos da Silva, conhecido como “Zé do Renascer”, o empresário Luiz Antônio Villar de Sena e o médico veterinário Cézar Guimarães Galli Júnior. Já em Cáceres, o protético Fabrízio Cisneiros Colombo também foi detido.
Em Tangará da Serra, a ex-secretária do município, Ana Lúcia Adorno, foi alvo de busca e apreensão. Também houve buscas nos municípios Sinop, Chapada dos Guimarães, além da Capital.
José Carlos da Silva é ex-presidente do bairro Renascer, em Cuiabá. Após participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, ele foi destituído do cargo de presidente de bairro. Ele também foi candidato a vereador nos anos de 2016 e 2020.
Já Fabrízio Cisneiros Colombo foi candidato a deputado estadual pelo Democracia Cristã (DC) e obteve apenas 18 votos. Em suas redes sociais, ele aparece em fotos com o deputado federal José Medeiros (PL) e administra uma página nas redes sociais chamada Junta Conservadora de Cáceres.
Operação
Autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, em Mato Grosso, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos.