A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), expediu um novo pedido de perícia para esclarecer dúvidas na investigação do acidente, que matou duas pessoas em frente à casa noturna Valley Pub, na Avenida Isaac Póvoas, na Capital, em dezembro de 2018.
De acordo com o delegado da Deletran, Christian Alessandro Cabral, a requisição da perícia complementar tem o objetivo de investigar questões para atribuir a devida responsabilidade da motorista Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, como também uma possível negligência por parte das vítimas que foram atropeladas.
Para a Deletran, a perícia não identificouo carro que estava no corredor central e que parou para evitar atropelar um dos jovens. O delegado destaca que “esses ocupantes teriam visão privilegiada e poderiam ter presenciado o momento do acidente e os instantes anteriores e subsequentes do atropelamento”.
Conforme o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), a motorista Rafaela Screnci da Costa Ribeiro estava trafegando a 60 quilômetros por hora no momento do acidente e não apresentava sinais de embriaguez, embora o exame tenha sido realizado três horas depois do acidente.
O ACIDENTE
Na ocasião, a professora Rafaela Screnci atropelou três jovens, que estavam saindo da boate, na madrugada do dia 23 de dezembro de 2018.
Devido ao impacto, a estudante universitária Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, morreu na hora. O cantor Ramon Alcides Viveiros, de 25 anos, sofreu graves ferimentos e teve morte cerebral cinco dias depois. A única sobrevivente foi Hya Girotto, de 21 anos. Ela teve fraturas no corpo e chegou a ficar em coma, mas se recuperou.
Rafaela Screnci passou por audiência de custódia e, para não ser presa, pagou fiança de R$ 9.500, arbitrada pelo então juiz plantonista Jeverson Luiz Quinteiro. Após pedido do Ministério Público, o magistrado aumentou o valor para R$ 28.500.
