João foi localizado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), da Polícia Judiciária Civil, mas por uma questão de segurança e a pedido da vítima o lugar não foi divulgado. “Só podemos garantir que ele está vivo e pretende ficar em silêncio”, disse o delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), Silas Tadeu Caldeira, designado para investigar o caso.
Segundo o delegado, a localização de João só foi possível através dos serviços de inteligência disponíveis no Brasil. “Atualmente a Polícia Civil de todos os estados brasileiros possui núcleos de inteligência com profissionais capacitadas para a investigar e localizar de pessoas desaparecidas”.
De acordo com Silas, desde que João deixou o serviço de proteção do Governo Federal, ele vive por conta própria e de forma secreta. “Por vontade dele conseguimos gravar uma mensagem para família que deixa claro que ele resolveu deixar o serviço de proteção por vontade própria e também que ele não tem vontade de manter contato com a família no momento”.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso, deputado Emanuel Pinheiro, disse que a Comissão fez de tudo para a elucidação dos fatos, como pedido de designação de um delegado especial para cuidar do caso. “É o desfecho do nosso trabalho de quase dois anos, no qual deparamos com a colaboração do Governo do Estado e instituições ligadas ao caso para que houvesse uma história com início, meio e fim”, destacou.
O caso –João José Evangelista de Oliveira está sumido desde que saiu do Programa de Proteção a Testemunhas. O rapaz foi peça chave da “Operação Mapinguari”, desencadeada em 2007 pela Polícia Federal. No total 23 pessoas foram presas após João prestar depoimento à PF, afirmando que madeireiros de Feliz Natal, Sorriso, Vera e Nova Ubiratã, juntamente com índios do Parque Nacional do Xingú, estarem ligados à extração ilegal de madeira de terras indígenas.
Entre os presos estavam o cacique Ararapan Trumari e três ex-gerentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), na regional de Sinop; madeireiros em Feliz Natal, em Sorriso e Vera. Eles foram acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de envolvimento na extração ilegal de madeira de áreas indígenas.
Assessoria