O delegado Bruno França, que investiga o assassinato do menino de 4 anos, ocorrido na última sexta-feira (24), em Nova Ubiratã (477 km de Cuiabá), disse em entrevista para imprensa local que o autor das facadas pode ser outra pessoa, e não a menor que confessou o crime. A madrasta da criança, de 14 anos, foi apreendida após confissão, mas acabou solta em seguida, por razão de dúvidas quanto à autoria do crime.
Segundo a autoridade policial, a informação ainda é tratada como especulação. Disse que a versão de a menor ser autora do assassinato começou a ser ventilada ainda na ambulância, pela avó da vítima, no dia crime.
“Esse comentário estava rolando. E eu intimei as pessoas na ambulância para confirmar se isso é verdade. Todo mundo está comentando isso na comunidade, porque, provavelmente, a avó, que estava na ambulância, deve ter falado aos paramédicos e assim foi repassado para outros”, disse o delegado.
Ele ainda informou que a avó do menino deve ser ouvida na segunda-feira (3), além de outras testemunhas, principalmente familiares da vítima. “Falta muita gente para ser ouvida, porque o corpo foi levado para outra cidade para velar. E a gente preferiu respeitar esse momento”.
Apesar da nova linha de investigação, o delegado frisou que o envolvimento da madrasta no crime não foi excluído. “Instruímos ao Ministério Público de que as provas indicam que ela não esfaqueou a criança, mas isso não significa que ela não possa estar envolvida. Está muito no começo, estamos investigando ainda”, completou.
O CRIME
A criança foi morta por dois golpes de faca, sendo um do lado esquerdo do peito, acima do coração, e o outro no braço esquerdo. O menino chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
Em depoimento à Polícia Civil, a menor confessou o homicídio e disse que matou o menino porque ele era muito "arteiro". Antes, ela relatou duas versões à polícia, a primeira, de que um homem tentou cometer violência sexual contra ela e matou a criança. Depois, ela disse que a criança teria cometido suicídio.