A jornalista havia denunciado o ocorrido em seu perfil numa rede social, na manhã da última quarta-feira. No texto, ela escreveu: “Quando finalmente fui atendida, na hora de fazer a foto para o passaporte, o sistema não aceitava de jeito nenhum a minha foto. Então a policial me disse que o problema era o meu cabelo. O meu cabelo é black power e o sistema não aceita a imagem. Fiquei muito constrangida”. A postagem já foi compartilhada mais de 600 vezes e gerou revolta nas redes sociais.
Veja abaixo a íntegra do comunicado divulgado pela Polícia Federal:
“Em referência à postagem “Sistema da PF não aceitou meu cabelo black power para foto de passaporte” do blog Blogueiras Negras, a Polícia Federal informa que a Superintendência Regional na Bahia vai procurar a jornalista Lília de Souza para esclarecer os motivos da reprovação de sua fotografia pelo sistema de emissão de passaportes.
A PF adota sistema com o padrão da Organização da Aviação Civil Internacional – OACI / ICAO, aplicando metodologia universalmente aceita. Os chips desses passaportes armazenam inúmeros dados biográficos e vários requisitos são exigidos para uniformização de procedimentos.
Assim, o chamado padrão ICAO exige que a foto preencha requisitos mínimos para subsidiar a identificação dos viajantes. O sistema pode reprovar uma foto capturada por inúmeras razões, o que exige uma nova fotografia.
Esse procedimento tem que ser refeito em diversas situações, tais como: cabelo solto, cabelo na frente dos olhos, cabelo muito volumoso, olho fechado, adornos diversos, ombros ou orelhas que não estejam visíveis, fotos desfocadas, dentre outros.
Desta forma, o procedimento adotado no caso está dentro dos padrões internacionalmente estabelecidos.
Divisão de Comunicação Social da Polícia Federal”
Extra