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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (13), uma operação para cumprir cinco mandados de prisão expedidos pela 7ª Vara Federal de Cuiabá-MT para prender envolvidos no caso que refere a morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, que foi encontrado morto com dois tiros na cabeça e parte do corpo queimado no Paraguai em 1999. Entre os presos estão o delegado aposentado da Polícia Civil, Márcio Pieroni e os empresários Josino Pereira Guimarães e seu irmão Clóves Guimarães.
De acordo com a Polícia Federal, os mandados foram expedidos em razão de confirmação, em segunda instância, da condenação dos envolvidos na fraude que visava tumultuar o júri popular que julgava os acusados de assassinar o juiz.
Os presos teriam instaurado uma investigação fraudulenta, visando levantar a suspeita de que Leopoldino ainda estaria vivo e morando na Bolívia. Eles foram condenados por diversos crimes, dentre eles formação de quadrilha, denunciação caluniosa, fraude processual, interceptação telefônica para fins não previstos em lei e violação de sepultura.
Quatro dos mandados foram cumpridos em Cuiabá e um em Rondonópolis (212 km de Cuiabá-MT).
Josino foi ouvido na sede da PF na Capital e em seguida encaminhado para uma unidade prisional, já Clóves e Márcio continuam na sede da Polícia Federal onde serão ouvidos ainda pela manhã.
Tanto o delegado Márcio Pieroni, quanto Josino Guimarães já foram condenados pela justiça em 2011. Márcio foi acusado de fraudar as investigações a cerca da morte do juiz, e Josino figura nos autos como mandante do homicídio na época. Leopoldino foi morto após denunciar um esquema de venda de sentenças judiciais em Mato Grosso.