A Polícia Civil encontrou mais de R$ 3,2 milhões escondidos em meio a sacos de esterco na carroceria de uma picape, no município de Canarana (a 820 km de Cuiabá). O motorista chegou a oferecer R$500 mil para ser liberado, mas foi preso em flagrante por participar de trafico internacional de drogas.
Segundo a polícia José Silvan de Melo é investigado pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), de Recife (PE), por narcotráfico. A prisão ocorreu no domingo (05) e os procedimentos finalizados nesta terça-feira (07).
A quantia de R$ 3.201,587 milhões, apreendida em Canarana, estava dividida em três sacos escondidos na carroceria da caminhonete, embaixo de esterco, cerâmicas, madeiras e alimentos. Quando os policiais descobriram o dinheiro, o suspeito rapidamente disse: "é real, deixe isso aí e vamos conversar".
Na Delegacia voltou a oferecer dinheiro, um total R$ 500 mil, só que desta vez ao delegado de Canarana João Biffe Júnior. O delegado informou que a propina foi registrada em vídeo e será usado como prova no inquérito policial. Conforme o delegado, o suspeito José Silvan não apresentou qualquer documentação da origem do dinheiro, e portanto teve a quantia apreendida pela Polícia Civil será depositada em conta da Justiça, vinculado ao auto de prisão em flagrante. "Ele confessou que enterrava tais valores por questões de segurança", disse o delegado.
Investigações
Há meses o acusado era monitorado pela Polícia Judiciária Civil por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Durante as investigações, os policiais contataram que era de costume José Silvan chegar em Canarana, geralmente, no final da tarde, permanecendo hospedado no Hotel Tangará até o anoitecer, quando então deixava a cidade.
No domingo (05), a Polícia Civil recebeu informação de que José Silvan estava novamente no município, onde em diligências foi localizado nas imediações do hotel, conduzindo a Toyota Hilux ano e modelo 2015.
O delegado João Biffe pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do suspeito e solicitou sua transferência para a Penitenciária Central do Estado (PCE), devido a alta periculosidade do preso, com provável envolvimento em assaltos a banco e tráfico internacional de drogas.
O delegado informou que irá oficializar o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) e a Receita Federal, por suspeita de crime de lavagem de dinheiro. O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) também será notificado para informações de registro de compra e venda de gado. (com Assessoria)