Ainda não foi aberto inquérito, mas estamos fazendo apuração preliminar para saber se houve estupro ou atentado à honra e à imagem, disse o delegado José Gonzaga Marques, delegado titular do 4º DP, nesta sexta-feira (4) ao G1.
As imagens trocadas pelo aplicativo mostram cinco homens e uma mulher, que não exibe o rosto, aparentemente durante e após a relação sexual. Nas conversas trocadas pelo celular, uma mulher combina o encontro com um grupo de rapazes. A jovem que aparece nas fotos e nas mensagens do "Whatsapp" seriam a mesma pessoa.
De acordo com os investigadores, o advogado dos suspeitos esteve na delegacia e disse que o caso ocorreu há dois meses. Ainda segundo o advogado, a jovem estaria agora em intercâmbio na Croácia.
Policiais também estiveram no Mackenzie e localizaram os cinco rapazes, que, em conversa informal com os investigadores, se defenderam da suspeita de estupro, negaram ter violentado a mulher e alegaram que o sexo foi consensual. Eles, no entanto, deverão comparecer na tarde desta sexta-feira (4) à delegacia para prestarem esclarecimentos.
Segundo delegado, a mulher ainda não foi identificada e nem localizada.Dizem que a vítima está fora do país, afirmou Gonzaga Marques.Sinceramente, parece ser uma farra, uma orgia. Não parece que foi agredida, mas não parece que está anuente [de acordo].
De acordo com José William, investigador do plantão do 4º DP, apesar de trabalhar com a hipótese de sexo consensual, a investigação irá apurar se a mulher teria sido embriagada. Por enquanto a informação que temos é que foi um ato consensual, que não foi um estupro, mas vamos continuar a investigação, disse.
De acordo com a investigação, a mulher que aparece nas fotos e nas mensagens ainda foi identificada. Quando isso ocorrer, ela terá de ser localizada para prestar esclarecimentos na delegacia.
Procurada para comentar o assunto, a assessoria de imprensa do Mackenzie informou que repudia toda e qualquer violência contra a figura humana. "Diante da gravidade do que foi veiculado na Internet, esperamos das autoridades, em todos os níveis, as medidas cabíveis. Estaremos prontos a colaborar na apuração do fato", informou a universidade.
"Repudiamos, por fundamentos de respeito religioso, legal e moral, toda e qualquer violência contra a figura humana", apontou a universidade em nota.
G1