A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrou, nesta terça-feira (7), uma força tarefa para cumprir mandados judiciais contra membros de uma facção criminosa acusados de envolvimento em um homicídio em Cuiabá-MT. A vítima foi executada a mando do ‘tribunal do crime’.
Nesta fase da Operação Comando da Lei, foram cumpridas duas ordens de busca e apreensão. Os envolvidos identificados também estão com mandados de prisão decretados por homicídio qualificado pelo motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa de Rogério Pinheiro de Paula, 33 anos, porém não foram localizados e são considerados foragidos.
O crime ocorreu no dia 18 de setembro no bairro Cohab São Gonçalo em Cuiabá e teria sido motivado por desentendimentos entre a vítima e membros da facção.
No dia dos fatos, a vítima foi agredida pelos suspeitos com pedaços de pau e supostamente por uma enxada em frente a sua residência, ocasião em que conseguiu se desvencilhar das agressões, dando uma facada em um dos agressores e em seguida fugindo para casa dos pais.
Os criminosos seguiram a vítima que foi contida na residência e cruelmente executada com três disparos de arma de fogo em frente a sua mãe, que chegou a implorar para que os suspeitos não matassem seu filho.
Durante a execução, enquanto um dos suspeitos efetuava os três disparos que atingiram a vítima no abdômen, pescoço e cabeça, o outro filmava toda a ação criminosa. Após os fatos, os suspeitos fugiram do local em uma caminhonete Toyota Hilux.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Caio Fernando Alvares Albuquerque, o caso retrata mais um homicídio fruto do “tribunal do crime”, em que integrantes de uma organização criminosa julgam e decidem pela morte da vítima, pelo simples fato de entender que houve descumprimento de regras impostas.
“Após ser espancada com pedaços de pau, a vítima ainda foi perseguida até a casa da sua mãe e friamente executada com projeteis de arma de fogo. Como amostra do ‘prêmio’, o comparsa filma toda a ação em seu celular. Ao final, o executor se vangloriou do seu ato dizendo ‘já fiz o serviço’”, disse o delegado.