Até esta sexta-feira, foram cumpridos 65 mandados de condução coercitiva, do total de 116. Os conduzidos são candidatos que conseguiram adquirir a carteira de motorista por meio das fraudes e pessoas ligadas a autoescolas e Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretran’s), que receberam propina para intermediar o acesso a CNH.
No Estado de Goiás, além dos oito presos, equipes da Polícia Civil da Regional de Barra do Garças, que estão na região, cumpriram 42 de 60 mandados de condução coercitiva expedidos para o cumprimento em 27 cidades goianas. Todas foram interrogadas e liberadas em seguida.
Os presos naquele estado chegam nesta sexta-feira (28.11), em Barra do Garças, onde serão submentidos a exame de corpo delito e seguem para a Cadeia Pública do município para o cumprimento do prazo da prisão. Todos já foram interrogados
O delegado informou ainda que após a operação, novas pessoas apareceram e também devem ser interrogadas por meio de conduções coercitivas ou mesmo presas temporariamente, caso se neguem a prestar informações à Polícia Civil. “Estamos inclinados a pedir a prisão de pelo menos três”, afirmou o delegado.
O inquérito policial da investigação iniciada em setembro de 2010 deve ser concluído na próxima semana.
O esquema criminoso era fomentado por candidatos com perfil analfabeto ou semianalfabetos e idosos, geralmente de outras localidades, principalmente do Estado de Goiás, que pagavam valores entre R$ 600 até 5 mil para obter a carteira de motorista, sem passar por provas teórica e prática de direção, requisitos obrigatórios determinados no Código de Trânsito Brasileiro para tirar a CNH.
A fraude tinha facetas variadas e também contava com aprovação direta daqueles candidatos que simulavam fazer as provas.
Ao todo, a Justiça decretou 135 ordens judiciais, sendo 19 mandados de prisão temporária e 116 conduções coercitivas contra pessoas envolvidas em fraudes na emissão da carteira de motorista em 39 cidades dos Estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
Texto e foto: Assessoria Sesp/MT