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Polícia Civil ouve suspeito de caluniar prefeito de Juiz de Fora

Um empresário do setor de importações e de marketing de 38 anos foi detido na manhã desta sexta-feira (14) em Juiz de Fora. Ele é suspeito de caluniar, difamar e injuriar o prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, em uma rede social. Na casa dele, na Avenida Presidente Itamar Franco, e no antigo escritório, na Rua Rei Alberto, no Centro, foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos durante cumprimento de mandado de busca e apreensão pela equipe da 7ª Delegacia de Polícia Civil.

A denúncia é de que ele é responsável por páginas nas redes sociais, mas que outras pessoas postavam as informações, denegrindo a imagem pessoal e política do prefeito de Juiz de Fora. O que a gente viu é que a intenção não era dar publicidade à população da gestão, mas sim denegrir a imagem, explicou a delegada responsável pelo caso, Ione Barbosa.  O suspeito prestou depoimento e foi liberado. Os materiais apreendidos serão encaminhados para perícia técnica. As investigações continuam e agora buscam a identificação de todos os autores envolvidos e que podem ser indiciados pelos crimes contra a honra.

O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Juiz de Fora e a assessoria informou que este é um processo particular. "Segundo a assessoria jurídica particular do prefeito Bruno Siqueira este processo criminal é complemento de processo cível de crime cibernético que corre em segredo de Justiça", diz a nota divulgada à imprensa.

Identificação dos responsáveis
A investigação começou há cerca de dois meses, a partir de um requerimento encaminhado pelo prefeito à Polícia Civil.De acordo com a delegada, o suspeito é o responsável pela página Fora Bruno Siqueira, pior prefeito da história, onde fazia acusações de irregularidades praticadas pelo prefeito.A página foi retirada do ar por causa de uma liminar judicial. Depois foi criada outra, no mesmo sentido, que também estamos acompanhando. Ele indicou mais duas pessoas que seriam as responsáveis pelas postagens. Vamos continuar a apuração para que consigamos mais indícios da autoria. A gente já conta com uma vasta documentação da materialidade, comentou a delegada.

No entanto, mesmo que outras pessoas tenham feito as publicações, o suspeito não está isento, segundo a delegada.Se ele é responsável, ainda que as postagens não sejam dele, tem ingerência sobre tudo que está ali, disse. Em depoimento o suspeito negou motivações políticas. Segundo ele, não há ligações com outros partidos. Ele contou que financiou sozinho e que ganhou R$ 10 mil com isso, contou Ione Barbosa.De acordo com a delegada, a operação realizada nesta manhã teve um balanço positivo.Foi considerado um sucesso porque nós chegamos ao suspeito. Nós tentamos vários endereços, representamos ao provedor e conseguimos o endereço, achamos o local e com o suspeito, disse.

No entanto, outros detalhes sobre as informações publicadas e andamento da investigação não foram revelados. A gente não pode entrar em mais detalhes por questão de segurança e também para poder continuar fazendo este tipo de procedimento para outras situações, porque é muito comum. Hoje pela internet está havendo muitos crimes e as pessoas acham que vai cair na impunidade. A polícia está se especializando, estudando procedimentos melhores para chegar à autoria, explicou Ione Barbosa.A delegada afirma que outros casos semelhantes estão com apuração em andamento na Polícia Civil e reforça a orientação aos internautas. 

As pessoas precisam ficar atentas ao que postam na internet. O seu direito de opinar é cristalino, porém, a partir do momento que você começa a denegrir a imagem da pessoa, a acusar sem provas, extrapola o limite e parte para a incidência do crime, disse.As pessoas que tiverem o envolvimento identificado e comprovado podem responder por três crimes contra a honra.De acordo com o Código Penal, cabe a calúnia prevê pena de seis meses a três anos, a difamação tem pena de três meses a um ano e a injúria seis meses a três anos de detenção. No caso, estou visualizando indiciar pelos três crimes, o que resulta numa soma das penas, afirmou Ione Barbosa.

G1

Redação

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