No total, foram 22 indiciamentos. Algumas pessoas podem responder por mais de um crime. Onze pessoas foram indiciadas por falsidade ideológica, uma por prevaricação, uma por fraude processual, três por falso testemunho e seis por crime ambiental, sendo três deles funcionários públicos: o ex-secretário e o secretário-adjunto do Meio Ambiente e um ex-servidor da pasta. Também há indiciamentos por improbidade administrativa, mas os nomes só serão revelados se o Ministério Público (MP) aceitar a denúncia.
Entre os indiciados por falsidade ideológica, estão Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, sócios da boate na época do incêndio e que já respondem em liberdade pelos crimes de homicídio doloso e tentativa de homicídio, junto com outros dois réus, integrantes da banda Gurizada Fandangueira. Também foram indiciados por falsidade três antigos sócios da boate, além do pai, a mãe e outra familiar de um deles.O indiciado por prevaricação é o ex-secretário de Meio Ambiente de Santa Maria. Segundo a investigação policial, ele teria informado ao Ministério Público que a licença de operação da Kiss estava vencida, mas, apesar de ter conhecimento da situação, não tomou nenhuma providência e se omitiu do cumprimento de seu dever.
Já entre os três indiciados por crimes ambientais estão dois ex-sócios da boate e uma arquiteta. A polícia diz que eles elaboraram e falsificaram um laudo enganoso para obter um licenciamento, necessário para a abertura da boate. O ex-secretário, o secretário-adjunto do Meio Ambiente e um ex-servidor da pasta, que teria viabilizado a concessão de licença de operação da Kiss mesmo já não tendo atribuição legal para isso. Por fim, os indiciamentos por falso testemunho atingem o contador das empresas da família Spohr, um familiar dele e outra pessoa. Todos teriam se omitido de responder perguntas durante a investigação e faltado com a verdade. Uma fiscal da prefeitura também foi indiciada por fraude processual, por ter elaborado documentos que induziram a polícia ao erro.
G1