O motivo do crime teria sido um desentendimento. O zelador pode ter sido morto na sexta-feira (30) no condomínio da Rua Zanzibar. Após a família dar queixa do seu desaparecimento, a polícia foi na segunda-feira (2) a Praia Grande, no litoral paulista, onde encontrou o publicitário queimando o cadáver esquartejado.
Preso em flagrante por homicídio, Eduardo negou que tivesse premeditado o crime e assassinado Jezi. Alegou que sua morte foi acidental após o idoso brigar com ele, que ameaçou matar o filho do casal. Na confusão, o zelador teria batido a cabeça na porta do apartamento e caiu morto. Em seguida, desesperado, resolveu sumir com o corpo. O colocou numa mala e levou para a casa do pai, no litoral, onde usou um serrote para cortá-lo em pedaços.Câmeras de segurança do elevador do edifício gravaram o momento que ele aparece levando a mala no elevador. Em seguida, as imagens mostram a advogada o ajudando a colocar a bagagem no porta-malas do carro do casal.
Publicitário
Em seu interrogatório, Eduardo alegou que sua mulher não tinha conhecimento de que o idoso havia morrido e que seu cadáver estava dentro da mala que ela ajudou a transportar.E mesmo tendo negado qualquer participação no crime quando foi interrogada, Ieda foi também foi presa na segunda-feira por suspeita de ocultação de cadáver. Na noite de terça-feira (3), no entanto, ela foi solta após a Justiça aceitar o pedido da sua defesa.
Apesar das versões do casal serem coerentes no que se refere a Eduardo alegar que a morte de Jezi foi acidental e que sua mulher não teve envolvimento nenhum, policiais da 4ª Delegacia Seccional e do 13º Distrito Policial suspeitam do contrário.Para a investigação, o publicitário premeditou o assassinato do zelador e a advogada usou seus conhecimentos de Direito para ajudar o marido a sumir com o corpo sem que eles pudessem ser considerados suspeitos.
Premeditação
A polícia busca provas materiais, testemunhais e técnicas para concluir o inquérito e concluir essa tese de Eduardo ter cometido homicídio doloso e Ieda ocultação de cadáver.Um dos indícios, por exemplo, é o fato de terem encontrado um revólver com mancha de sangue e até um estetoscópio na mochila que Eduardo levou para Praia Grande. A Polícia Técnico-Científica dirá se Eduardo usou a arma para dar coronhadas na cabeça de Jezi. Ele pode ter morrido em decorrência de traumatismo craniano ou ter ficado desacordado após a pancada e sido asfixiado. Até esta quarta-feira (4) não havia confirmação da causa da morte do zelador. Eduardo poderá ser responsabilizado por porte ilegal de arma.
Além disso, Ieda foi flagrada por câmeras de segurança ajudando o marido a colocar uma mala, com a vítima dentro, no porta-malas do carro do casal. Para os investigadores, a advogada sabia que estava ajudando o marido a transportar o corpo de Jezi.Policiais também informaram que vão pedir para peritos do Instituto de Criminalística (IC) realizaram uma reconstituição do crime.Foi solicitada ainda à Justiça a quebra dos sigilos bancário e telefônico do casal. A investigação quer saber se eles conversaram por celular e se realizaram compras recentes.
G1