Mato Grosso vive um salto inédito no combate aos crimes ambientais em 2025. No primeiro semestre, foram apreendidos cerca de 881 mil m³ de madeira ilegal, segundo balanço da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), volume 2.104% superior ao mesmo período de 2024. Avaliada em R$ 134 milhões, a carga seria suficiente para encher mais de 35 mil caminhões.
As apreensões se concentraram em regiões estratégicas como o Pantanal e a Amazônia. A delegada titular da Dema, Liliane Murata, atribui o avanço à adoção de tecnologias de rastreamento e à integração com outras instituições. “O aumento na apreensão é reflexo direto da atuação especializada e dos avanços institucionais e tecnológicos dos últimos anos”, afirmou.
Entre os recursos utilizados estão plataformas de georreferenciamento, análises de dados, perícias ambientais e investigações sobre redes criminosas. No semestre, foram deflagradas oito grandes operações e instaurados 116 inquéritos relacionados ao desmatamento e extração ilegal de madeira.
As ações resultaram ainda na aplicação de mais de R$ 11 milhões em multas ambientais, além do embargo de nove empresas. A Dema também atuou em crimes de pesca predatória e contra a administração pública ambiental, com 180 inquéritos no total.
No período, a delegacia produziu 854 relatórios e cumpriu 245 ordens de serviço, consolidando seu papel como referência estadual e regional no enfrentamento aos crimes ambientais.
