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Polícia Civil de SP tem novo corregedor; sobrinho de antiga chefe é investigado por elo com PCC

A Polícia Civil de São Paulo anunciou o delegado de classe especial João Batista Palma Beolchi como novo corregedor-geral da instituição. A nomeação se deu por meio de decreto assinado pelo vice-governador do Estado, Felicio Ramuth (PSD), e publicado no dia 30, no Diário Oficial do Estado (DOE).

Boelchi assume o cargo no lugar de Rosemeire Monteiro de Francisco Ibañez, que pediu afastamento do cargo em dezembro do ano passado após um sobrinho dela – Eduardo Monteiro – investigador da Polícia Civil, passar a ser investigado por possível elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Na época, a defesa de Monteiro chamou a prisão de “arbitrariedade”.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado, o novo corregedor tem 27 anos de carreira. Em 17 deles, Boelchi atuou na Controladoria Geral do Estado, como corregedor e coordenador do setor de inteligência e combate à corrupção, e na Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.

O novo corregedor-geral da Polícia Civil passou também por delegacias das zonas sul e oeste da capital, além de ter atuado na Divisão de Crimes de Trânsito do Detran de São Paulo. Ele também é professor universitário, autor de livros e soma seis condecorações, segundo a secretaria.

Como mostrou o Estadão, o pedido de afastamento de Rosemeire se deu após o investigador Eduardo Monteiro, sobrinho dela, ser implicado na investigação do assassinato, em novembro, do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos.

Monteiro foi preso em dezembro na Operação Tacitus, incursão feita pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

A ação foi resultado do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC e consequência da delação de Gritzbach. Entre os presos, estão também o delegado Fábio Baena, além de outros investigadores da Polícia Civil de São Paulo.

Na época das prisões, o escritório Bialski Advogados Associados, à frente da defesa de Baena e Monteiro, afirmou, em nota enviada à reportagem do Estadão, que a prisão dos dois se constitui em “arbitrariedade flagrante”. “Ambos compareceram espontaneamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações”, disse.

Estadão Conteudo

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