O diretório de São Paulo do Podemos decidiu expulsar, nesta segunda-feira, o deputado federal Marco Feliciano. Segundo a assessoria da legenda, a punição é justificada pela “incompatibilidade política”, já que Feliciano se manifestou por “apoio irrestrito” ao presidente da República, Jair Bolsonaro. A legenda se diz independente do governo.
O GLOBO entrou em contato com o parlamentar, mas não obteve retorno. Se quiser reverter a punição, Feliciano ainda pode recorrer à Executiva do Podemos.
Segundo o colunista Lauro Jardim, o deputado torce pelo sucesso do projeto Aliança pelo Brasil para ingressar no futuro partido de Bolsonaro. Com a expulsão, Feliciano não perde o mandato e pode migrar de sigla.
Dirigentes do Podemos entendem que Feliciano já se ofereceu publicamente para ser vice do atual presidente da República para uma chapa em 2022. O pastor já declarou que Bolsonaro “terá um vice evangélico”.
As falas incomodaram Álvaro Dias (PODE-PR), principal nome da legenda para a disputa ao Planalto, e também o presidente do diretório de São Paulo, Mario Covas Neto.
Além disso, não foi bem recebida no partido uma reportagem do “Estado de S. Paulo” sobre o uso de dinheiro público pelo deputado. Feliciano teve R$ 157 mil reembolsados pela Câmara por tratamento odontológico.