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PMs investigados por desaparecimento de pedreiro passam a atuar em funções administrativas

Seis policiais militares foram afastados das atividades operacionais e passaram a atuar em funções administrativas após o desaparecimento do pedreiro Rubson Farias dos Santos, de 28 anos, em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, no dia 29 de janeiro.

Conforme a assessoria da Polícia Militar, o comandante do 6º Comando Regional da Polícia Militar, com sede em Cáceres, coronel Cesar Augusto Camargo Roveri, reforça que imediatamente à denúncia ouviu o depoimento da denunciante e instaurou Inquérito Policial Militar(IPM), procedimento presidido por um oficial superior.

Também lacrou a viatura que estava de serviço para que possa ser periciada e pelo GPS está levantando o trajeto do mesmo veículo na data do suposto desaparecimento. E ainda, afastou os policiais das atividades operacionais mantendo-os em funções administrativas até a conclusão do processo investigatório.

Todas as medidas adotadas são do conhecimento do comandante geral da PM e estão sendo acompanhadas por equipe da Corregedoria Geral da PMMT.

A família do pedreiro registrou uma denúncia informando que Rubson foi espancado por policiais militares, no setor de Gratificação de Atividade Policial Militar (GAP), e retirado de casa inconsciente na última sexta-feira (29), em Cáceres, a 220 km de Cuiabá. Desde então, o jovem está desaparecido.

O 6º Comando Regional de Cáceres informou, em nota, que foi aberto um inquérito policial militar para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ação. O procedimento está em andamento e é acompanhado pela Corregedoria da PM.

A Polícia Civil informou que não consta nenhum registro de prisão de Rubson em delegacias de Cáceres. Ainda segundo a Civil, o único registro de ocorrência recebido em nome da vítima foi feito pela mulher dele sobre a ação dos policiais militares.

A mulher de Rubson, Sidneia de Oliveira, contou ao G1 que, na quinta-feira (28), ela e o marido foram abordados pela polícia por causa de um carro que compraram há cerca de 15 dias por R$ 900.

De acordo com a PM, o veículo tinha registro de roubo e que, por isso, foi encaminhado à delegacia, assim como Rubson.

“Compramos um carro velho para andar na cidade, não sabíamos que era roubado, só sabíamos que estava com a documentação atrasada. A polícia disse que precisava levar o carro porque era roubado, então falamos que tudo bem. Nesse dia foi tranquilo, não encostaram um dedo nele. Logo depois, pagamos a fiança e ele foi liberado”, explicou Sidneia.

No entanto, um dia após o registro dessa ocorrência, conforme contou a família, a polícia invadiu a casa onde moram para prender Rubson. Segundo Sidneia, o marido foi espancado pelos policiais na frente do filho de 12 anos.

Familiares e vizinhos que testemunharam a ação tentaram intervir, mas foram impedidos pelos policiais.

“Ele saiu inconsciente. Não sei se saiu vivo de casa. Bateram muito nele, depois apagaram as luzes e o levaram. Não disseram o motivo. Procuramos vários lugares, mas não consta que ele passou na delegacia, na cadeia, nos hospitais. Ninguém dá informação, ninguém fala nada. Estou desesperada”, relatou.

Sidneia divulgou fotos e informações do caso nas redes sociais para tentar localizá-lo, no entanto, ainda não há informações sobre o paradeiro de Rubson.

Redação

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