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PM investiga vídeo que mostra jovens sendo humilhados no RJ

Um vídeo que está circulando no Facebook mostra policiais militares do Rio de Janeiro submetendo moradores de uma comunidade a situações humilhantes. O vídeo parece ter sido gravado na Favela do Sabão, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, e mostra policiais, que podem ser lotados no 12°BPM, xingando, humilhando e submetendo um grupo de cerca de 10 moradores à prática de atividades físicas como polichinelos e flexões no meio de poças d’água.

O vídeo tem 2 minutos e 50 segundos e, em um trecho, aparecem um policial fardado, carregando um fuzil, e outro gritando: para não, gordinho, para um dos moradores.Vambora (sic) cheio de óleo, levanta p…, fala um deles, enquanto o outro dá risadas. Depois que o grupo faz flexão no meio da lama, eles são obrigados a levantar para iniciar uma sessão de polichinelos.

PM investiga caso
O comandante do 12°BPM, coronel Gilson Chagas, afirmou que a corporação abriu Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso e está fazendo diligências na comunidade do Sabão para descobrir a data em que o fato ocorreu, se realmente foi na comunidade do Sabão e se os policiais são lotados no 12°BPM.

Não compactuamos com esse tipo de ação e agiremos com rigor. Não é assim que a Polícia Militar deve agir, afirmou o comandante. O prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias. Em nota, a assessoria da Polícia Militar informou que, além de investigar de qual batalhão é o policial que aparece nas imagens, também apura se os outros envolvidos seriam PMs.Em um determinado momento, um dos moradores é intimidado.Professor, se ele não fizer você vai pagar sozinho, hein?, avisa. Os homens que gravam as imagens ainda prometem mais castigos.No final, é cem metros rasos, o último que ficar é pau.

Durante a conversa, eles ainda debocham.Olha lá onde eu botei ele, na poça, diz um dos homens referindo-se ao morador que é chamado o tempo inteiro de gordinho pelo grupo. Depois de alguns segundos fazendo polichinelo, o mesmo rapaz avisa que a bermuda está caindo e o grupo determina que ele continue fazendo o exercício:Faz com uma mão só e a outra segura as calças, diz.Quando dois rapazes fazem menção de ir embora, são chamados de volta para continuar a prática de exercícios humilhantes. Nessa hora, os homens que gravam as imagens mandam que os moradores coloquem o dedo no chão e comecem a rodar. Quando um deles reclama, um dos policiais debocha: "para cheirar dá, para rodar não dá.

G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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