Entre os denunciados, três tiveram prisão preventiva decretada ontem pela Justiça: os sargentos Reinaldo Gonçalves e Lourival Moreira e o soldado Vagner Soares do Nascimento. Além do crime de tortura, eles respondem por ocultação de cadáver e formação de quadrilha.
Quatro dos denunciados são acusados de fazer a vigilância da UPP para impedir que qualquer pessoa testemunhasse a sessão de tortura e, portanto, de participar diretamente dos crimes de tortura e ocultação de cadáver. Oito policiais, que estavam dentro da sede da UPP, são acusados de omissão diante do crime, já que, de acordo com o MP, eles ouviram a tortura e não fizeram nada para impedi-la.
Dez policiais militares já haviam sido denunciados pelos crimes de tortura, ocultação de cadáver e formação de quadrilha e já estão presos. Quatro desses PMs também são acusados de fraudar o processo, ao tentar enganar a investigação e colocar a culpa da morte de Amarildo em criminosos comuns da Rocinha. Nesse grupo estão o ex-comandante da UPP, major Edson Santos, e o ex-subcomandante da unidade tenente Luiz Medeiros.
A Polícia Militar informou que respeita a decisão da Justiça em relação à decretação da prisão de mais três acusados, mas ainda não recebeu o mandado de prisão.
Agência Brasil