A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reafirmou nesta terça-feira, 12, esperar que seja “mínimo” o impacto nas contas públicas do plano de socorro às empresas afetadas pelas tarifas dos Estados Unidos. “Estamos absolutamente conscientes que o impacto dele vai ser mínimo. Vai ser única e exclusivamente no limite do necessário para não deixar nenhuma empresa para trás”, disse a ministra, ao chegar para audiência pública no Senado.
Tebet reafirmou que caberá ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decidir a data de anúncio do pacote e que as medidas ainda não foram divulgadas porque o Ministério do Desenvolvimento analisa individualmente as empresas afetadas.
“O setor de pescado é um dos mais atingidos, mas não todo o setor vai ser beneficiado, não todas as empresas. Tem empresa que não exporta, tem empresa que exporta, mas não exporta para os Estados Unidos, e tem empresa que exporta para os Estados Unidos, mas já está redirecionando a sua produção”, declarou a ministra.
Inflação ainda preocupa
A ministra também comentou que a inflação ainda preocupa o governo, mas que há otimismo e um esforço para que a taxa fique dentro da meta até o fim de 2025. Nesta terça, o IBGE divulgou que a inflação foi de 0,26% em julho.
“Tivemos um pequeno problema com a tarifa de energia, que subiu, e a habitação. A inflação nos surpreendeu negativamente, mas faz parte das oscilações. Então, a gente está vendo, lamentavelmente, em função dos juros muito altos no Brasil, que isso está fazendo efeito e a inflação está começando a cair no Brasil. Estamos otimistas em relação a esse dado”, falou.
A ministra disse que há um alívio nos números recentes, principalmente, no preço dos alimentos. “Tem um alívio nesses números. Aquilo que efetivamente importa para as pessoas, que é a alimentação, até vestuário, a inflação dos alimentos, houve uma deflação pelo segundo mês consecutivo. O preço dos alimentos, que é aquilo que mais preocupa, caiu”, declarou.