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PJC diz que jornalista foi assassinado por não pagar R$ 3 após consumo de droga

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito policial que investiga o assassinato do jornalista Marcelo Ferraz, 38 anos. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi morta após um desentendimento com Jhon Lennon da Silva, 21 anos, o principal suspeito do crime. A discussão foi causada, segundo as apurações, pelo fato do jornalista não pagar dívidas relacionadas ao consumo de drogas.

O corpo de Marcelo foi encontrado no dia 30 de setembro de 2019 em um terreno baldio, localizado no Bairro Bosque da Saúde, na Avenida do CPA, em Cuiabá-MT. Ele apresentava vários sinais de violência. A vítima estava desaparecida há dois dias.

O principal suspeito, Jhon Lennon da Silva, de 21 anos, foi preso dois dias depois do homicídio e confessou que matou Marcelo com pedradas na cabeça. O acusado tinha relatado, na época, que o assassinato foi cometido por razões passionais.

O assassino contou à polícia durante uma diligência investigativa que cometeu o assassinato após flagrar a vítima transando com a sua namorada em um matagal na região.

No entanto, o delegado Fausto Freitas, titular da DHPP, desmentiu a versão de Jhon Lennon e explicou, em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (5), que o jornalista foi assassinado após consumir entorpecentes com o suspeito e não quitar a dívida de R$ 3 pelo uso. Marcelo só estava com uma carteirinha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

"A motivação provável é que o indiciado usou droga com a vítima naquele momento, acreditando que ela teria dinheiro para continuar usando, mas diante da ausência de recursos da vítima, houve um desentendimento, acabou acontecendo o crime".

O delegado contou que Marcelo era conhecido como “cheque ouro”, devido ao fato de possuir alto poder aquisitivo para sustentar o vício em drogas. O chefe das investigações também levou em conta o depoimento da namorada do acusado, apontada como pivô do crime. Ela negou a versão do suspeito e disse que não teve nenhum envolvimento amoroso com o jornalista.

“Nós localizamos essa menina e ela veio a confirmar que ele era o autor do crime, porém desmentiu a versão apresentada por ele quanto à motivação. Segundo a jovem, nesse dia, ela estava com o autor, outro usuário de drogas chamado de 'velhinho' e, em determinado momento, ela ficou com o 'velhinho' e o suspeito saiu e voltou com a vítima depois de alguns minutos”.

Após matar Marcelo, Jhon Lennon teria confessado o crime para a namorada e outros usuários de drogas, que costumavam ficar em uma residência abandonada próxima ao local do crime.

A vítima

Marcelo Ferraz estava desaparecido desde a noite do dia 28 de setembro, quando informou a familiares que iria sair para beber cerveja com os amigos na Praça da Mandioca, região central da Capital.

Segundo informações da Polícia Militar, o corpo foi encontrado por um morador de rua da região, dois dias depois.

Os militares se deslocaram até a área e constataram o fato. O local foi isolado para que as equipes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Polícia Civil pudessem realizar os primeiros trabalhos de apuração.

Exames periciais comprovaram que a vítima morreu em decorrência de um traumatismo craniano, ocasionado pelas pedradas que recebeu. O corpo apresentava diversas marcas de violência.

A vítima já tinha atuado em diversos veículos de imprensa como o Diário de Cuiabá e Folha do Estado, além do portal de notícias G1.

O jornalista também era formado em Direito e tinha como paixão a literatura. Ele é o autor de obras como o “Assassinato na Casa de Barão”, “Escritor no Divã” e a “Sétima Dimensão da Morte”.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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