A calçada é um direito do cidadão de ir e vir, mas nem sempre é respeitada pelos moradores que têm o dever de mantê-las seguindo as normas e legislações de um município.
Desprezadas durante muitas décadas, sem nenhum planejamento ao construir, as calçadas são consideradas como uma trilha desafiante por muitos pedestres.
Andando pelos centros urbanos, nos deparamos com a largura em que somente uma pessoa pode passar. São muitos exemplos em que o respeito ao cidadão que as utiliza é ignorado, principalmente os idosos, cadeirantes, gestantes e muitos com mobilidade reduzida.
Em algumas delas, além dos desníveis e dos materiais não apropriados, é colocado lixo, bem como mercadorias expostas, caçambas de entulho, materiais básicos de construção e tudo o que dificulta para se transitar.
Em relação às calçadas, por serem um espaço público, os deveres e obrigações dos moradores e comerciantes têm que seguir uma regra importantíssima de uso e ocupação do solo urbano.
Quem se responsabiliza pelos acidentes ocorridos nos passeios públicos? O proprietário do imóvel ou o órgão fiscalizador?
É a mesma situação que enfrentamos todos os dias de não ter uma bússola que nos aponta o sentindo certo. Caminhando totalmente embebedados, desencorajados, com os olhos vendados, continuamos andando para um futuro indefinido.
Como nas calçadas que a cada metro, temos surpresas como a largura, degraus, rampas, materiais inadequados, e assim vamos seguindo. Desviando para não cair em nenhuma armadilha.
São situações pelas quais as cidades passam com o seu desenvolvimento sem nenhum planejamento urbanístico. Interferências, barreiras, desvios, deslizes, rampas, sobe e desce. As calçadas são exemplos que vivenciamos no nosso dia a dia.
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