Piracicaba (SP) é a primeira cidade do interior a aplicar um novo teste para detectar o vírus HIV através da saliva. A ideia do Ministério da Saúde é que o projeto seja oferecido à população de todo o país pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e nas farmácias populares. O diagnóstico sai em 30 minutos e não necessita da realização do exame de sangue. Inicialmente, o teste com fluído oral é utilizado por 40 Organizações Não Governamentais (ONGs) parceiras do departamento de Aids e Hepatites Virais do governo federal.
No estado de São Paulo são seis ONGs que já aplicam o teste, sendo quatro na capital, uma em Santos (SP) e uma em Piracicaba. Segundo o Ministério da Saúde, terá prioridade no novo método de diagnóstico a população que apresenta maior vulnerabilidade de infecção pelo vírus da Aids, como moradores de ruas e usuários de drogas. Depois, o exame estará disponível para todas as pessoas que quiserem realizá-lo.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a vantagem do novo método de diagnóstico a confiabilidade, além de não necessitar de infraestrutura laboratorial. O Kit para a realização do teste contém: umas haste coletora descartável para obtenção do fluído oral, um frasco com solução onde é colocada a haste além de um frasco com tampão de corrida de reação e um suporte plástico de teste, onde será revelado o resultado.
O Centro de Apoio e Solidariedade à Vida, em Piracicaba, começou a realizar o teste no mês passado e já fez 40 exames, sendo um positivo. O coordenador do programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) do município, Moisés Taglieta, afirmou que os testes aceleram o diagnóstico e com isso também auxiliam no tratamento.
Interessados
As pessoas que tiverem interesse no novo teste podem entrar em contato com as seis ONGs espalhadas pelo estado. Os pré-requisitos para fazer o diagnóstico oral são: não ingerir bebida ou alimento durante os 30 minutos que antecedem o exame, além de escovar os dentes e retirar o batom no caso das mulheres. O resultado é positivo quando aparecem duas linhas vermelhas, que indicam que naquela amostra há anticorpos anti-HIV.
Veja as ONGs participantes:
Centro de Convivência É De Lei – São Paulo
Associação e Centro de Estudos e Pesquisas da Unidade Brasileira Ubarana – São Paulo
Grupo de Apoio à Prevenção a Aids – São Paulo
Grupo de Apoio à Prevenção a Aids da Baixada Santista – Santos
Rede Brasileira de Redução de Danos – São Paulo
Centro de Apoio e Solidariedade à Vida – Piracicaba
G1