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Pipoca gourmet, “made in MT”, é aposta de jovem mato-grossense

Fotos Ahmad Jarrah

Qual a primeira coisa que vem à mente quando se ouve falar em pipoca? Filme, cinema, aniversários, festa, circo e por ai vai… A grande verdade é que este alimento rico em proteínas, ferro e fibras sempre esteve presente em datas comemorativas e momentos felizes de nossas vidas, e justamente com essa, e muitas outras propostas que a My Happy Pop chegou ao mercado de alimentos de Mato Grosso. A empresa tem um jeito todo especial de preparar a nossa pipoca de cada dia, ganhando, a cada dentada, mais clientes fanáticos pelas suas pipocas.

Esqueça aquela pipoca com sal e manteiga que de costume é feita em casa nos dias de filme ou jogos de futebol, esqueça também aquela do pacotinho que você coloca no micro-ondas, aperta alguns botões e minutos depois, está a mastigar. A pipoca gourmet da My Happy Pop é preparada com todo o carinho de um produto artesanal, sem conservantes, aromatizantes ou sabores artificias. Ela mistura dentre outras coisas, beleza com muito sabor, referências internacionais e ingredientes importados com um misto de sabores regionais, criando um produto único, capaz de causar espanto até mesmo naqueles que não gostam de milho ao avesso.

Empreendendo novidade

A ideia veio da sempre atenta a tendências de mercado, Gisele Barco de Matos, de 33 anos. “Eu gosto muito de olhar o mercado, de imaginar o que pode dar certo e o que não pode, sempre estou com o radar ligado. Eu conheci o produto em uma viajem aos Estados Unidos, esse produto é bem comum por lá, em Las Vegas, por exemplo, é vendida em carrinhos de rua”.  A pipoca americana que Gisele fazia questão de levar para os amigos quando viajava, tem cerca de 400 mil toneladas consumidas todos os anos naquele país, que é o maior consumidor mundial do produto. Já o Brasil é o segundo maior consumidor de pipoca, com 70 mil toneladas anuais. 

Mesmo com a crise pela qual o Brasil passa, Gisele Barco decidiu investir no negócio, presenteando nossa região com a iguaria “No início do ano passado, o produto me despertou um olhar comercial, comecei a pesquisar sobre o assunto, vi que algumas coisas estavam surgindo no Brasil nesse sentido, mas ainda não tinha nada na nossa região e achei que poderia ser um bom negócio”. Gisele ainda brinca com o fato de não entender nada de gastronomia, e da dificuldade que teve em conseguir as máquinas que são todas importadas, pois no Brasil não há fabricantes dessas ferramentas "Essa importação demoraria cinco meses, Eu apenas sabia que o produto era muito bom, e pensei, vamos ver onde isso vai dar". 

Gisele não ficou parada nesses cinco meses de importação das máquinas, tratou logo de botar seu talento publicitário em campo para elaboração da identidade visual da marca, que por si só, já é um atrativo à parte. A chegada das máquinas marcou o início dos testes, uma empresa de São Paulo ajudou na elaboração dos sabores, mas segundo Gisele Barco, mesmo com diversos testes a empresa de consultoria não deixou um produto que a agradasse totalmente, mesmo diante desta situação assim os testes não pararam "tivemos que fazer uma adaptação porque o paladar Americano é mais carregado, a gente teve que suavizar um pouco e adaptar para nossa cultura, trazendo sabores como a paçoca e o churros, que são doces populares no Brasil. Então a gente foi pegando esses sabores com o objetivo de chegar a algo que agradasse o nosso público e graças a Deus estamos tendo uma aceitação bem bacana".

Os testes tinham um processo parecido com os de um Reality Show, “A gente fazia aquele teste à cega, pegávamos as pessoas para degustarem sem que elas soubessem o que iriam comer, e olhávamos qual era a reação delas na hora de consumir o produto” explica Gisele.

Passaram neste teste sabores como o Limão Pepper e Geleia de Pimenta que Gisele faz questão de destacar “São receitas que só nós temos, não tem em nenhum outro lugar, tem clientes que chegam a comprar uma caixa fechada pra distribuir para os amigos mais próximos”.

Presenteando pipoca

Um dos fatos que mais chamam a atenção na pipoca gourmet da My Happy Pop é a possibilidade de utilizar o produto para presentear. Quem não gosta de presentes! Segundo Gisele, este é um dos pontos positivos da marca, e foi pensando nisso que investiu pesado na elaboração das embalagens e na identidade visual da marca “A questão do visual é uma pegada da empresa, o americano tem o hábito de presentear com pipoca, e nós não temos esse hábito. O apelo do investimento em embalagens é para sugerir isso ao consumidor, pois todo mundo gosta do que é bonito, e vem acontecendo. No final de ano passado, veio muita gente ao quiosque, que em vez de panetone, presenteou com pipoca, porque é um produto diferente e gostoso”. 

O ato de presentar pipocas gourmet só é possível porque elas têm um prazo de validade maior do que as outras, enquanto as tradicionais em cerca de 30 minutos já não estão com a mesma textura e sabor, as pipocas “especiais” duram muito mais “A lata tem um apelo diferente, pois além de você poder consumir na hora que quiser, ela tem o shelf-life (prazo de validade) de quatro meses, então você pode levar pra casa e consumir a hora que for assistir seu filme. Além desse apelo da durabilidade, tem o apelo visual que é muito bacana para presentear”.

Jovem e ousada

Apesar do sucesso, a My Happy Pop é uma empresa jovem, com cerca de 3 meses apenas. Além dos principais supermercados do estado, está presente com um quiosque desde dezembro no Goiabeiras Shopping, e comemora a inauguração do segundo quiosque, agora no Pantanal Shopping. Em Primavera do Leste, apesar de não haver shopping, também funciona um ponto de venda em uma das avenidas mais movimentadas da cidade “estamos trabalhando em pulverizar isso em todo território de Mato Grosso, pois o Estado é o nosso quintal".

Gisele explica que recebe ligações todo o Pais com pessoas querendo saber se a empresa é uma franquia, e isso a deixa orgulhosa, pois quando se fala em franquia, também se fala em qualidade. Porém apesar de parecer, a My Happy Pop não é uma franquia e sim uma empresa genuinamente mato-grossense, mas a proprietária Gisele Barco deixa claro que isso pode ser uma possibilidade “Primeiro nós temos que trabalhar o nosso quintal, que tem muito para ser feito, é muito cedo pra gente fazer uma análise conclusiva de algo, mas a gente está tentando se estruturar, pensando numa organização para o sistema de franquia”.

O preço da qualidade

Ao todo são seis sabores: Caramelo com flor de sal, Paçoca Crocante, Geléia de Pimenta, Chocolate trufado, Churros e Lemon Pepper. Todos preparados artesanalmente, sem corantes, conservantes ou sabores artificiais. A pipoca é totalmente saudável, preparada com um milho especial, próprio para caramelização, importado dos Estados Unidos. As embalagens além de belas são reutilizáveis, perfeitas para presentear. 

Muitos se assustam ao saber que tudo isso citado acima custa R$ 18,00, mas segundo Gisele, isso acontece porque as pessoas não conhecem o produto "As pessoas não entendem que não é a pipoca que estão acostumadas a ver, e isso exige um trabalho de degustação, hoje o nosso maior investimento em marketing é a degustação, é colocar a pipoca na boca da pessoa,  pra ela entender o que é o produto".

E quem prova, aprova, quer mais e pede de novo. Diante disso a empresa vem trabalhando para tornar o produto mais acessível e com a mesma qualidade “Nós já estamos trabalhando em uma embalagem tão charmosa quanto a atual, com um peso liquido menor e com um preço mais acessível, daqui a uns dias nós vamos entrar no mercado com um produto a menos de R$ 10,00”, finaliza a proprietária da empresa My Happy Pop, Gisele Barco de Matos. 

Raul Bradock

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