O pintor Luan Pereira da Silva, 29 anos, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado por tentativa de feminicídio contra sua ex-companheira, R. S. R., em Diamantino (206 km de Cuiabá). Além da pena, ele também deverá pagar indenização de R$ 50 mil por danos morais. A decisão foi proferida pelo Tribunal do Júri da Comarca do município.
O julgamento ocorreu no dia 14 de novembro, quando o Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi cometido na presença dos filhos menores da vítima e em descumprimento de medidas protetivas. Os jurados também consideraram que o agressor foi motivado pelo fato de não aceitar o fim do relacionamento.
Segundo a promotora de Justiça Rhyzea Lúcia Cavalcanti de Morais, a condenação reforça o compromisso do sistema de Justiça no enfrentamento à violência doméstica. Ela destacou que a pena aplicada é compatível com a gravidade e brutalidade dos fatos, demonstrando que agressões contra mulheres não serão toleradas.
A promotora ressaltou ainda a importância da fixação de indenização mínima à vítima, como forma de reconhecer o sofrimento causado. De acordo com ela, a violência doméstica deixa marcas físicas e psicológicas profundas, que precisam ser reparadas não apenas criminalmente, mas também no âmbito moral.
O crime ocorreu em 21 de novembro de 2024, quando Luan invadiu a casa da ex-companheira, mesmo tendo medidas protetivas em vigor. Armado com uma faca, ele desferiu diversos golpes na cabeça, pescoço e braços da vítima, diante dos filhos menores. A tentativa de feminicídio só não se consumou porque a faca quebrou durante as agressões. Após atacar a mulher, o réu ainda a ameaçou de morte caso ela procurasse ajuda.



