O pintor Rafael da Silva Gonçalves foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por furtar cabos de energia elétrica em residências e no posto de saúde localizado no bairro Cristo Rei, no município de Comodoro (656 km de Cuiabá-MT). O crime resultou na inutilização de vacinas contra Covid-19 e de outros insumos destinados à prevenção, socorro e salvamento de pacientes com a doença.
Segundo inquérito policial, o suspeito foi preso em flagrante após cometer os crimes e confessou a autoria, acrescentando possuir outras passagens criminais pelo mesmo delito. Na residência dele, foram encontrados cabos de cobre desencapados, sendo que alguns já estariam queimados para serem vendidos como sucata.
Além de aproximadamente 100 quilos de cabos, foram apreendidos no local 22 disjuntores e um medidor de energia elétrica. Ao ser interrogado, o então investigado teria relatado que é natural de São Paulo, onde cometeu mais de 30 crimes de furto, e foi preso três vezes.
Consta na denúncia que, na noite de 8 de abril deste ano, Rafael Gonçalves quebrou o muro, retirou o medidor de energia e cerca de três metros de cabo de cobre de um imóvel em construção, aproveitando-se do horário de pouca vigilância.
Após subtrair o material, queimou e vendeu o quilo da fiação furtada por R$ 30.
Na noite de 10 de abril, o denunciado utilizou uma escada de madeira para escalar o poste próximo ao Posto de Saúde Cristo Rei e cortar os cabos que ligavam o disjuntor do local à rede de energia. Na sequência, subtraiu os cabos de energia de um outro imóvel em construção.
Na noite seguinte, Rafael voltou ao Posto de Saúde, onde subtraiu as demais fiações do local.
“Depreende-se que sua conduta na subtração dos cabos ocasionou a interrupção no fornecimento de energia ao Posto de Saúde Cristo Rei, que notoriamente era o local de armazenamento de vacinas, incluindo aquelas utilizadas para o combate à pandemia causada pelo vírus SARS-COV-2 Covid-19 (coronavírus), além de outros insumos destinados à prevenção, socorro e salvamento, que se tornaram inutilizáveis pela ausência de refrigeração necessária ao seu armazenamento com a queda de energia”, narrou o promotor de Justiça Marlon Pereira Rodrigues.