O prefeito Emanuel Pinheiro classificou de fake news a suposta negociação de deleção premiada do ex-secretário de Saúde, Huark Douglas Correia, para apresentação de detalhes sobre os casos de fraude na Secretaria de Saúde de Cuiabá investigados na Operação Sangria. Pinheiro apareceria no depoimento com envolvido no esquema entre prestadoras de serviço e a Empresa Cuiabana de Saúde.
Em entrevista a jornalistas na manhã desta segunda-feira (22), durante evento em Cuiabá, com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Pinheiro disse que a informação é uma “deprimente” tentativa da oposição de liga-lo a casos de corrupção e que se transformou na “maior fake news de Cuiabá”.
“É deprimente. Estão loucos para que meu nome esteja envolvido, mas esqueçam. Não dá nem para falar de uma suposição [de implicação na investigação]. [É] uma torcida da oposição para que eu esteja envolvido. Para tristeza da oposição, não tenho nada a ver com isso”.
O prefeito foi enfático ao afirmar que o suposto envolvimento dele na investigação é uma articulação de políticos contrários à sua gestão, que ficou nos bastidores da política como ato louco para difama-lo.
“Recebo essas informações com a indignação de quem está sendo vítima do maior fake news da história de Cuiabá. Fica nos bastidores uma tentativa louca e desesperada dos opositores. Eles não conseguem dizer nada contra minha gestão e ficam tentando plantar fofoca”.
O ex-secretário Huark Douglas Correia é investigado por suposto esquema que teria desviado ao menos R$ 82 milhões em contratos assinados, durante sua gestão, com as empresas Qualycare Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar Ltda., Sociedade Mato-grossense de Assistência em Medicina Interna Ltda. EPP (Proclin) e Prox Participações.
A Operação Sangria foi deflagrada em dezembro do ano passado. E no desdobramento mais recente, o Ministério Público do Estado abriu ação civil, no início deste mês, para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro, Huark Douglas Correia e mais três pessoas por indícios de que irregularidades identificadas na operação tiveram continuidade nos meses seguintes à deflagração.
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