O chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), ministro Paulo Pimenta, afirmou nesta terça-feira, 10, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não precisará se afastar da Presidência do País por enquanto, apesar de estar internado na UTI do hospital Sírio-Libanês em São Paulo. “Em um primeiro momento, estamos trabalhando que não haverá necessidade de afastamento formal do presidente”, disse em entrevista para a Rádio Gaúcha.
Na madrugada desta terça, o petista foi levado para a unidade hospitalar e passou por uma cirurgia de emergência para drenar uma hemorragia na cabeça. O procedimento durou cerca de 2 a 3 horas. Com o quadro de saúde estável, Lula ficará internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 48 horas. Depois, irá para um quarto do hospital, onde deve permanecer pelo menos ao longo desta semana.
A saúde de Lula vem sendo acompanhada desde que o governante sofreu uma queda e bateu a cabeça no banheiro do Palácio da Alvorada. O acidente doméstico ocorreu no dia 19 de outubro.
Na agenda de hoje, Lula se encontraria com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, em cerimônia no Itamaraty para uma reunião bilateral, mas foi substituído pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. O afastamento de um presidente por motivos de saúde em um curto período, como o caso da internação de Lula, não tem detalhamento na legislação brasileira.
O artigo 79 da Constituição de 1988 apenas aponta que “substituirá o presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o vice-presidente”.
Vale lembrar que o petista já passou por outros procedimentos médicos como, as operações no quadril e na cabeça, e mesmo assim, não interrompeu suas atividades presidenciais.
A equipe médica responsável pela cirurgia do presidente informou que ele está acordado, conversando normalmente, se alimentando bem e sem sinais de comprometimento cerebral.