Natural de Santa Cruz de la Sierra,o rapaz foi preso na manhã desta sexta-feira nas proximidades da pista de pouso utilizada pela quadrilha para descarregar a droga na última quarta-feira, dentro da área de uma pousada no município de Poconé, a 104 km de Cuiabá.
No momento do descarregamento da aeronave portando entorpecentes, e pilotada por Cruz, nesse local se desenrolou a ação entre agentes da PF e os traficantes, dos quais dois acabaram morrendo.
Um terceiro, funcionário da pousada onde se localiza a pista, foi preso. Cruz era o último dos envolvidos no episódio a ser procurado pela polícia.
De acordo com o advogado que se apresentou na sede da Superintendência da PF para prestar a defesa do piloto, Neyman Monteiro, o boliviano se mostrou apreensivo perante os policiais durante o interrogatório, temendo pela própria vida – após o depoimento, a PF o destinou à Penitenciária Central do Estado (antigo presídio do Pascoal Ramos, em Cuiabá).
Com marcas de arranhões decorrentes da fuga pela mata próxima à pista de pouso, ele preferiu se manter calado diante das perguntas da PF, mas acabou afirmando que o episódio de quarta-feira foi a primeira vez em que pilotou uma aeronave carregada com droga – no caso, cocaína e pasta-base. À PF, Cruz também não apresentou brevê ou qualquer documento que comprove estar apto a pilotar aeronaves.
Monteiro explicou que as características do crime cometido e as circunstâncias da prisão por enquanto não possibilitam qualquer tipo de medida em favor do boliviano.
Ainda de acordo com o advogado, órgãos do serviço exterior da Bolívia no Brasil e o próprio Itamaraty já estão informados a respeito da prisão do boliviano. A comunicação é necessária neste tipo de situação visto que, caso condenado por tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico (embora o indiciamento por associação não seja ainda uma certeza), Cruz deverá cumprir parte da pena no Brasil (dois quintos) e depois ser levado a seu país de origem.
Fonte: G1MT
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