Seis trabalhadores foram resgatados nesta quarta-feira (31), pela Polícia Federal (PF), de uma fazenda no município de Tapurah (414 km da Capital) onde eram mantidos em condições análogas à escravidão. O caso chegou à polícia por meio de denúncia anônima indicando que os homens não possuíam carteira assinada e eram obrigados a trabalhar diariamente de 4h às 18h, todos os dias da semana, sem direito a folgas.
De acordo com a PF, além de cumprirem jornadas exaustivas, os trabalhadores eram sujeitados a condições degradantes de trabalho, dormindo em alojamentos de madeira e terra batida, local onde era estocado combustível. Nas informações recebidas pela polícia era apontado que os homens recebiam marmitas frequentemente azeda e comer no meio da mata.
Os agentes federais ainda constataram irregularidades no pagamento dos salários. Os trabalhadores teriam recebido apenas R$ 200 nos últimos quarenta dias. Segundo a PF, o empregador não pagava o valor devido como forma de obrigá-los a continuarem no serviço.
O proprietário da área e o responsável pela contratação foram identificados e poderão ser indiciados pelo crime de redução à condição análoga de escravo, com pena de reclusão de dois a oito anos. Além disso, a fazenda poderá ser expropriada.
Os trabalhadores foram levados a Tapurah e encaminhados ao advogado do empregador para a realização dos registros e acertos trabalhistas devidos.
Com Assessoria