Política

PF e MPF se unem para rastrear financiamento ilícito de campanha

 
Ele explicou que, em geral, os crimes dessa natureza têm ramificações e que por isso não podem ser investigados de forma isolada. Ou seja, tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público Federal obtém mais sucesso nas investigações quando promovem um minucioso cruzamento de dados entre os casos que investigam, prática que será reforçada para rastrear eventual financiamento ilegal de campanhas eleitorais ou outros crimes de cunho eleitoral.
 
As primeiras tratativas nesse sentido aconteceram em uma reunião promovida pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Juvenal Pereira da Silva, no final da manhã desta sexta-feira, após o encontro do Gabinete de Gestão Integrada das Eleições.
 
O objetivo do desembargador Juvenal Pereira é promover o trabalho interligado entre as instituições que atuam no Gabinete de Gestão Integrada das Eleições 2014.
 
“É possível, no curso do processo eleitoral, que reativemos uma ou outra investigação que já estava em curso. Estamos atentos para essa possibilidade”, disse o procurador regional eleitoral substituto, Douglas Guilherme Fernandes, que já realiza um trabalho conjunto com o procurador regional eleitoral Marcellus Barbosa.
 
O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Élcio Vicente também tem ampla experiência em Justiça Eleitoral, tendo atuado nessa área pela primeira vez nas eleições gerais de 1996. Desde então já trabalhou em eleições realizadas em Goiás, Brasília, Tocantins e Rio Grande do Norte.
 
Entre as propostas discutidas com o procurador Guilherme Fernandes está a criação de equipes volantes de policiais federais para checar as denúncias de forma imediata, antes e no dia da eleição, a fim de colher dados para a investigação imediatamente após a denúncia chegar à Ouvidoria Eleitoral. 
 
O procurador regional eleitoral substituto e o superintendente da Polícia Federal também discutiram o combate à corrupção durante a reunião do Gabinete de Gestão Integrada das Eleições. A discussão foi suscitada pelo juiz-membro do Pleno José Luis Blaszak, que participou recentemente de um encontro em Brasília para tratar do assunto. “Nossa preocupação é que, além da logística necessária à realização da eleição possamos manter total atenção ao período da propaganda eleitoral, para reprimir eventuais excessos”, disse o juiz-membro.  
 
Assessoria

Redação

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