A investigação teve início em 2011 com a finalidade de apurar a prática de Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (operação clandestina de instituição financeira) e lavagem de dinheiro.
O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado, tendo como base operacional a empresa Globo Fomento Mercantil, em Várzea Grande, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012. Os recursos eram movimentados nas contas das factorings e outras empresas do grupo, entre as quais se encontra uma grande rede de postos de combustíveis da Capital.
O principal crime consiste no fato de que as empresas de factoring tem natureza estritamente mercantil, com a finalidade principal de assessoria e de compra de títulos de crédito, a fim de fomentar o comércio. Por isso mesmo, não têm autorização do Banco Central para conceder empréstimos, exigir garantias ou exercer quaisquer atividades exclusivas de instituição financeira.
Nos últimos seis anos foram movimentados a quantia, nas contas dos investigados, de mais de 500 bilhão de reais.
Os acusados responderão pelos crimes previstos no art. 16 da Lei nº 7.492/86 (Dos Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional), cuja pena é reclusão de 01 a 04 anos e multa, e art. 1º da lei 9.613/98 (Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores), com pena de reclusão de 03 a 10 anos e multa.
Assessoria