Os dois principais sindicatos do setor de petróleo, na Nigéria, anunciaram o início de uma greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (15).
“A greve vai atingir todos os setores da indústria petrolífera e do gás, porque os trabalhadores ligados aos sindicatos vão interromper a atividade em todas as instalações”, declararam por meio de um comunicado conjunto os sindicatos.
A decretação da greve, segundo os sindicatos, é uma reação “à incapacidade do governo em manter em bom estado as refinarias” e em baixar o preço dos combustíveis, como vem ocorrendo no resto do mundo.
A greve “não será suspensa” enquanto o governo e os operadores não demonstrarem “um forte compromisso” em responder às reivindicações sindicais, destacam as lideranças do movimento.
Os sindicatos acusam o governo de negligenciar o combate ao vandalismo nos oleodutos, atrasar uma nova legislação na indústria do petróleo para combater as práticas de corrupção e os métodos injustos de gestão do setor.
Apesar de se afirmar como o primeiro produtor de petróleo da África, a Nigéria importa a maioria do produto devido a uma enorme deficiência de processamento do óleo.
Mesmo com a riqueza do petróleo, a maioria da população da Nigéria, com 174 milhões de habitantes, vive com menos de um euro por dia ou algo em torno de R$ 3,30.