Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 12, após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgarem novas projeções para o mercado da commodity. Investidores também avaliam os desdobramentos das negociações comerciais entre os EUA e a China, além de aguardarem o encontro entre o presidente Donald Trump e o líder russo, Vladimir Putin.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 1,23% (US$ 0,79), a US$ 63,17 o barril. Já o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,77% (US$ 0,51), a US$ 66,12 o barril.
O DoE cortou a previsão para o preço médio do Brent em 2026, de US$ 51 para US$ 58. A Opep, por sua vez, manteve a projeção de aumento da oferta e confirmou a expectativa de crescimento da demanda global pela commodity neste ano.
Mesmo assim, o petróleo ainda enfrenta pressão devido a “aumentos significativos na oferta da Opep+” e preocupações com a demanda, motivadas por “dados econômicos decepcionantes nos dois maiores consumidores, EUA e China”, de acordo com o Commerzbank. A aproximação do outono no Hemisfério Norte pode “criar um excesso ainda maior de oferta”, a menos que sanções provoquem interrupções.
Ainda segundo o banco, a reunião entre Trump e Putin renovou as esperanças de um cessar-fogo na Ucrânia e “uma possível flexibilização das sanções”, reduzindo a probabilidade de endurecimento das medidas. O Commerzbank ressalta que a reação do mercado será assimétrica, com uma queda maior em caso de sucesso na cúpula do que uma alta nos preços se não houver avanços.
A analista Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, alerta que, caso a reunião EUA-Rússia seja uma “sessão de sondagem”, sem resolução imediata do conflito na Ucrânia, o WTI pode retornar ou ultrapassar US$ 65 por barril.