O petróleo fechou em alta nesta terça-feira, 31, terminando o ano praticamente estável apesar do período marcado por tensões geopolíticas. O mercado de energia balança o bônus de redução na oferta contra preocupações sobre a demanda global pelo óleo, diante das dificuldades de recuperação econômica na China.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fecha em alta de 1,03% (US$ 0,73), a US$ 71,72 o barril. O WTI subiu 5,5% no mês e 5,19% no trimestre, mas teve alta apenas marginal no ano, de 0,1%. Já o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,88% (US$ 0,65), a US$ 74,64 o barril. O Brent teve alta de 3,9% no mês e de 4,1% no trimestre, mas teve queda de 3,12% na comparação anual.
Os ganhos do petróleo nesta sessão refletem a leve expansão na atividade industrial da China, que ampliou expectativas de demanda do país, observaram analistas do mercado ao Wall Street Journal.
Preocupações sobre a saúde da economia chinesa e seu impacto sobre a demanda de petróleo limitaram a alta dos preços do óleo, avaliaram os analistas, apesar do déficit na oferta durante este ano. O aumento nas tensões geopolíticas no Oriente Médio e no leste da Europa contribuíram para a estabilidade dos preços, além da extensão nos cortes voluntários de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Para a Pantheon, no entanto, os índices de gerentes de compras (PMIs, em inglês) da China ainda sugerem a necessidade de mais estímulos do governo para sustentar um crescimento mais amplo do país. “Mais políticas de estímulo estão planejadas para 2025 para impulsionar a demanda doméstica e evitar que expectativas deflacionárias se estabeleçam. Ao longo do caminho, esperamos que os dados econômicos da China exibam um padrão flutuante de melhora e deterioração ao longo de 2025”, prevê a consultoria.