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Petróleo fecha em alta de cerca de 2%, com estoques nos EUA e gás na Europa no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta, 2, avançando cerca de 2%, em dia que teve como destaque a divulgação dos estoques semanais nos Estados Unidos pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Além disso, o mercado observa os impactos da interrupção do fornecimento de gás natural russo que passa pela Ucrânia a clientes europeus, movimento que deve impulsionar a cotação do hidrocarboneto na região.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 1,97% (US$ 1,41), a US$ 73,13 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,73% (US$ 1,29), a US$ 75,93 o barril.

“Com a dinâmica dos preços de curto prazo fortemente inclinada para cima, o comércio de hoje é mais sensível ao relatório de apoio do DoE do que o habitual”, afirma a Ritterbusch em uma nota. “No geral, o complexo petrolífero está começando este ano de forma forte, com impulso suficiente para levar o WTI para um pouco acima da marca de US$ 74, antes que esta última alta comece a perder força”, conclui.

Segundo a Bloomberg, o presidente dos EUA, Joe Biden, está se preparando para emitir um decreto que proíbe permanentemente novos desenvolvimentos offshore de petróleo e gás em algumas águas costeiras dos EUA, garantindo proteções difíceis de revogar para áreas marinhas sensíveis durante as suas últimas semanas na Casa Branca.

A Ucrânia interrompeu o fornecimento de gás russo que passa pelo país após o término de um acordo de trânsito pré-guerra no final do ano passado. O movimento aumentará a dependência da União Europeia das importações de gás e garantirá que os preços da energia permaneçam muito mais elevados na região do que nos EUA, aponta a Capital Economics. Como resultado, o gás natural na Europa atingiu seu maior nível desde outubro de 2023, de acordo com a Bloomberg.

Pelo lado da demanda, o presidente da China, Xi Jinping, reconheceu os “desafios” no horizonte da segunda maior economia do planeta, mas expressou otimismo de que eles podem ser superados com a ajuda de políticas proativas e a contínua promoção de reformas estruturais. “A operação econômica atual enfrenta algumas situações novas, desafios de incerteza no ambiente externo e pressão da transformação de antigos motores de crescimento em novos, mas tudo isso pode ser superado com muito trabalho”, afirmou, em discurso televisionado para marcar o ano novo.

Estadão Conteudo

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