As entrevistas foram feitas pela agência de pesquisa de mercado Hello Researche com 628 pessoas, com idades entre 16 e 56 anos, de várias classes sociais e moradoras de todas as regiões da capital paulista. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo a pesquisa, 71% dos entrevistados disseram ser conta os "rolezinhos", enquanto 24% afirmaram ser a favor. Já 5% não têm opinião formada sobre o assunto.
As mulheres se mostraram mais contrárias ao fenômeno: 76% delas afirmaram ser contra. Entre os homens, o percentual de reprovação foi de 65%.
O estudo mostrou também que quanto maior a idade, maior a rejeição a esse tipo de encontro.
Entre os jovens de 16 a 24 anos, a taxa de reprovação é de 65%. Entre pessoas de 25 a 34 anos, a rejeição sobe para 69%. Na faixa de 35 a 44 anos, fica em 77%. Acima dos 45 anos, 84% disseram ser contrários aos "rolezinhos".
Ainda de acordo com a pesquisa, quanto maior o poder aquisitivo, maior a rejeição em relação ao tema: 82% dos entrevistados da classe A disseram ser contra os encontros, enquanto a taxa de rejeição entre as pessoas ouvidas da classe B foi de 79%, da classe C, 73%, e da classe D, 56%.
"Os números mostram que a população em geral é contrária ao movimento. Entretanto, não há dúvidas de que existem posições antagônicas sobre o tema. Principalmente em relação à classe social, sendo que quanto mais alta, maior a rejeição, e a idade, tendo em vista que os mais velhos são mais contrários ao movimento", analisa Davi Bertoncello, diretor executivo da agência de pesquisa.
Outra questão abordada foi em relação às liminares deferidas pela Justiça proibindo os "rolezinhos" em alguns shoppings da capital paulista. 68% das pessoas ouvidas afirmaram serem a favor da medida.
Também foi questionado se impedir os jovens de circularem em grande número pelos shoppings seria um ato discriminatório: 42% dos entrevistados disseram que sim e 55% afirmaram que não.
UOL