Cidades

Pesquisa aponta que maioria dos prefeitos de MT não concorda com retorno das aulas

Pesquisa realizada pela Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM apurou que a maioria dos prefeitos de Mato Grosso discorda da retomada das aulas presenciais em 2020. Os gestores consideram prematuro o retorno, considerando os riscos de contaminação pelo novo coronavírus, que já provocou mais de 3,7 mil óbitos no estado e registra novos casos diariamente. O levantamento foi feito em setembro, via telefone, e contou com a participação de 93 prefeitos, dos quais 87 opinaram que são contrários ao retorno e seis se declararam a favor da retomada das aulas presenciais.

A consulta também revela a quantidade de municípios que estão fazendo adequações nas escolas, de acordo com protocolos de biossegurança, como disponibilização de álcool em gel, ventilação do ambiente escolar, entre outros. Nesse quesito, há um equilíbrio, considerando que 46 prefeitos estão adotando as medidas e 47 ainda não fizeram as referidas adequações.

Considerando a necessidade de afastamento de profissionais da educação enquadrados no grupo de risco,  51 prefeitos disseram que será necessária a contratação para substituir os servidores e 42 gestores declararam que a medida não será necessária. Ao todo, 1.275 profissionais teriam que ser contratados para suprir a demanda e realizar as atividades dos funcionários afastados.

O levantamento também revela que 34 prefeitos pretendem aumentar a frota dos ônibus escolares, considerando a necessidade de manter o distanciamento dos usuários nos veículos; 41 não planejam novas aquisições e 18 não responderam ao questionamento.

O presidente da AMM, Neurilan Fraga, disse que a instituição realizou a pesquisa visando conhecer melhor a opinião dos prefeitos sobre o retorno das aulas, assunto que há meses está sendo debatido por gestores de todo o estado. “Os prefeitos valorizam a educação, preocupam-se com a qualidade do ensino e priorizam o setor, mas neste momento consideram inadequado o retorno considerando os riscos da pandemia, que continua fazendo vítimas em todo o país”, frisou, destacando que também defende que a retomada das atividades presenciais só ocorra quando houver segurança sanitária à comunidade escolar e às famílias.

Fraga ressaltou que desde o início da pandemia a AMM orienta os prefeitos sobre medidas preventivas, destacando a importância do retorno seguro das aulas. A instituição integrou comissão especial criada pela Assembleia Legislativa para analisar a retomada das atividades escolares. A comissão foi criada em maio e contou com a participação de 15 entidades ligadas à Educação que se reuniram de forma virtual em torno das discussões propostas por núcleos temáticos. Os trabalhos da comissão foram encerrados no início de setembro e resultaram na elaboração de Propostas de Resolução e os Projetos de Lei ligados à educação que devem tramitar em regime de urgência na Assembleia Legislativa.

 

Redação

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