Política

Perri nega autorização para grampear magistrados: “querem me afastar”

O desembargador Orlando Perri negou que tenha autorizado grampear telefones de magistrados em suposta investigação a esquema de desvio de recursos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), em meados de 2007. Em sessão nesta quinta-feira (6), Perri afirmou que as declarações dadas pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Siqueira, são “inverdades” e têm a intenção de afastá-lo do processo de apuração de grampos sob a coordenação da Polícia Militar.

“Querem me afastar do processo, quando não, levar para instância superior, porque sabem que lá as investigações podem não ter as mesmas eficiências que as daqui, pela proximidade, no calor dos fatos”, disse.

“Não me acovardarei diante de qualquer ameaça, não irei me afastar da condução do processo. Provarei em todas as instâncias as inverdades que me foram assacadas e rogadas levianamente, esparramadas com o propósito de, pelo menos, denegrir a imagem do relator que está conduzindo essas relações”, complementou.

Perri é responsável pela relatoria do processo de investigação a supostos casos de grampos telefônicos a políticos, empresários, jornalistas e advogados no Palácio Paiaguás desde 2014.

Em declaração registrada em cartório e anexada ao inquérito policial militar (I.P.M.), que investiga a existência de suposta central de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, comandada pelo coronel José Catarino de Morais Ribeiro, o  secretário Siqueira disse que fez interceptações telefônicas de magistrados a mando do desembargador Orlando Perri, em 2007 em investigação de suposto esquema de desvios de recursos do TJ.

À época, o desembargador ocupava o cargo de corregedor-geral e o coronel chefiava a Coordenadoria de TI do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Os alvos apontados pelo então corregedor seriam o desembargador aposentado José Ferreira Leite e os juízes Marcelo Barros, Antônio Horácio, Irênio Lima Fernandes e Marco Aurélio Ferreira que estariam angariando dinheiro para a Loja Maçônica Grande Oriente de Mato Grosso.

 

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